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Anos de Ouro do Teatro em Lagos (TEL)

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O "Teatro experimental de Lagos" (TEL), é agora uma associação juvenil e mais dedicada às artes de Circo, estilo Chapitô(scos), e Performance de rua. No passado proporcionou ao publico desta cidade momentos inesquecíveis com títulos como: "A Ceia dos Cardeais" de Júlio Dantas; “ O Urso “ de Tchekhov; "O Gato" de Henrique Santana; "O Mar" de Miguel Torga; "Um Deus Dormiu lá em Casa" de Guilherme Figueiredo; "Com Fantasmas não se Brinca" de Mário Castrim; "A raposa e as uvas" de Guilherme Figueiredo; "D. Beltrão de Figueirôa" de Júlio Dantas e algumas Revistas (de bom-gosto) entre outros... Grandes foram os seus sucessos e sempre acarinhado pelo público. Fruto do trabalho e dedicação do saudoso João Conceição e Silva, e de alguns amadores desta cidade, o TEL fez o seu percurso muitas vezes com o que os seus actores podiam dispensar do orçamento familiar, ou com o patrocino de um dos seus principais Mecenas,

PAREDES VELHAS

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Clicar para aumentar e melhor ler . "A PALAVRA E A COR EM LAGOS ONTEM " - quadro duma exposição

leia o que escrevi

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e vá lá deixar um comentário e ... comentário também tem prémio Eu elejo para férias, a cidade que me assistiu por nascimento. Aquela lá na ponta mais a oeste do Algarve. Lagos. Uma cidade branca do sol que dá nas casas. Tem um mar muito transparente adormecido na baía. E tem peixe a saltar nas canastras e gaivotas, que são duendes a dançar ao fim da tarde. E tem o levante mais bonito: rendas brancas a bordarem o ar ao vento de sueste. E nela um deus deixou a descoberto uma nesga do paraíso. Um tapete de areia muito clara. Uma poeira de estrelas semeada por um anjo. A meia praia.

uma foto antiga...recordando

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uma foto que terei feito pelos anos sessenta e muito, quando ainda tinha a máquina rolo 120, que o meu pai me ofereceu pela quarta classe e aqui a deixo, tesouro meu que era Lagos nesse tempo e junto um texto, que me ditou a memória de mim e de quando Lagos eram os Verões inteiros Lagos era quase ainda dentro das muralhas e os campos enfeitavam-na de figueiras ajoujadas de coitos e inchários, que os lampos já se tinham ido antes que fosse Agosto e eu viesse passar férias de Verão. Um mês inteiro na praia: de dia e de tarde e, se calhava, em noites de calmaria, era uma fogueira e também era praia de noite, ao som de uma guitarra. Só nas tardes que davam em chuva, que as havia, ou se fazia uma nortada mais gelada, concedíamos as grandes jogatinas no snack , que sendo único não precisava que o chamássemos de abrigo . Também dançávamos e tínhamos ferverosos namoros e paixões ardentes, mas isso é acessório, que férias de Verão eram a quentura do sol e a maciez do ar e a transparência esverd

pasmo

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arrepia-me sobe-me uma raiva o centro histórico da cidade a zona mais castiça de Lagos enfiam-lhe isto e ainda nem é nada eu irei mostrando consta que subirá mais um nico aguardo ansiosa a ver subir a coisa um horror gritante que nem uma persiana se possa mudar sem que autorizem e nem mudar volumes e frontarias expliquem-me quem autoriza estes monos? que raio passa na cabeça desta gente? quem ganha com isto? dizem-me?!

Como uma luva!

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Qualquer "trapinho" lhe assenta bem.

LAGOS, GRAVURA MUITO ANTIGA

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A fotografia foi-me enviada pelo amigo blogista lacobrigense José Santos, que a encontrou numa revista muito antiga: PANORAMA

Carro de cana

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Era uma rua feita de barro e terra. Pedras rolantes, ladeira abaixo. Era uma rua com trilhos serpenteantes, feitos dos nossos pés descalços. Era uma rua de brincar, onde se vivia. Com a sirene do peixe soando ao meio-dia e o cheiro da sardinha fresca nos dedos delas e as tamancas repletas de escamas brilhantes. Era uma rua feita de barro e terra e mercearias e rebuçados de mel. Era uma rua de brincar, onde se vivia. Na rua ao lado vivia o mar, na babuja do estaleiro. Eles, no sol da tarde, esticando as redes na avenida desenleando limos, de navete tecendo buracos e atirando à malta as bóias velhas, quando a cortiça delas já morria. A alma dos carrinhos de cana! Era isso que a malta queria! Os “ pneus ”, encaixados com arames, fortes e folgados, a dar “ direcção ”. O “ volante ”, ajustado no nó de crescimento da cana, permitindo curvas. E descíamos ladeira abaixo serpenteando, trilhando, voando, conduzindo o carro mais importante do mundo! Era uma rua feita de barro e terra e mercearias

E agora, com a Lara Croft aqui ao lado?!

Vídeo da TVI Angelina Jolie quer mudar-se para Lagos Para ler a noticia clicar aqui No original, no site "showbiz spy" e em ianundercover.com lê-se: “She loves Portugal and wants to raise her kids there,” an insider said. “She’s looking in a quaint village called Lagos. She wants to move there ASAP.” Terá isto algo a ver com o projecto da cidade cinematografia Picture Portugal , a construir ali para os lados de autódromo? Como pode ser lido em: Região Sul . Ou Será, a "curva do autódromo" a dar frutos?

à esteva

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à Mena

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Fiquei em dívida com a Mena, desde um dia de Abril, por isso deixo aqui a flor! “Que temos nós a ver com isso?” dirão vocês, ao que eu respondo: “este ano também ninguém se lembrou das estevas!” :)

A LICENÇA DE ISQUEIRO

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(frente e verso) Até 1969, vigorou em Portugal uma lei que obrigava a ter licença, para qualquer acendedor ou isqueiro. Mesmo a " perderneira ", um acendedor artesanal (constituído por uma pedra de quartzo, um ferro e um bugalho), usada principalmente por camponeses, estava sujeita a esta lei e respectiva multa, em caso de omissão. Tratava-se duma lei que apenas tinha a intenção de proteger as Fosforeiras. Pouca gente tirava essa famigerada licença. Mas havia os zelosos servidores do Estado Novo, que sempre faziam questão de cumprir as determinações estatais, por mais obsoletas ou caricatas que fossem. O exemplar aqui produzido pertenceu a um desses cidadãos de Lagos. O respectivo nome e endereço foram rasurados.

As Maias

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A origem da tradição das Maias perde-se no tempo. Segundo alguns, a Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno do qual se dançava durante toda a noite do primeiro dia de Maio. Ritual ligado aos ritos da fertilidade, do início da Primavera e do novo ano agrícola, José Leite de Vasconcelos refere o costume português das Maias como a mais antiga manifestação desta florida festa naturalística. Com o advento do Cristianismo atribuiu-se a este velho ritual pagão um carácter religioso. A lenda alusiva a esta tradição, que com mais frequência se ouve, reza assim: Herodes soube que a Sagrada Família, na sua fuga para o Egipto, pernoitaria numa certa aldeia. Para garantir que conseguiria eliminar o Menino, Herodes dispunha-se a mandar matar todas as crianças. Perante a possibilidade de um tão significativo morticínio, foi informado, por um outro "Judas", que tal poderia ser evitado, bastando para isso, que ele próprio colocasse um ramo de giesta florida na casa onde se encontrav

ora vejam como

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aqui vêem outros olhos

dos leitores... no dia mundial do livro

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Já que estamos numa de nostalgia – que é nisso que nós somos bons – deixem-me recordar um lacobrigense, partindo da sua foto que me chegou às mãos recentemente. José Pereira Ribeiro (1919 - 2005) era Funcionário da Câmara Municipal de Lagos – quem não se lembra dele a questionar os sinais de trânsito para emissão da licença de condução de velocípedes e ciclomotores?! O Sr. Ribeiro, assim conhecido por todos, ocupava as suas horas livres na Biblioteca Gulbenkian, onde nos atendia solicitamente. Foi ele que me deu a conhecer as aventuras de Hornblower, do escritor britânico Cecil Scott Forester (1899 - 1966), que fizeram as delícias da minha juventude. Essa epopeia do marinheiro inglês marcou-me como “leitor de maresias”, confirmando a atenção que as “20.000 Léguas Submarinas” de Júlio Verne já tinham despertado. A partir daí percorri os sete mares da literatura de viagens, especialmente se incluía veleiros; dos navegadores solitários de Jean Merrien aos infortúnios da História Trágico-M

... estes gajos não se entendem nem à paulada, vou passear!

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E ra dia de escola, mas por qualquer razão rara deixaram-me preguiçar na cama (tal como hoje gosto de dormir de manhã), fiquei grato, todavia estranhei o sossego, a minha avó que me pregava sermões por eu dormitar mais do que a conta, estava lidando pela casa numa aflitiva bonança. Deixou-me curioso; fui averiguar, desci as escadas com muito cuidadinho, avizinhava-se um berro, claro. Lá estava a velha, espantosamente serena, não disse nada, – hoje tenho esta imagem como prova que a revolução foi pacífica – estava atenta ao rádio: tocava uma música estranha. Talvez fosse feriado, ou estava maluca. Perguntei se tinha de ir à escola, fui informado que não havia escola: tinha havido uma revolução, andavam aos tiros em Lisboa para derrubar o governo, tudo dito com um ar de alegria. Estava maluca de certeza: dias antes, contara-me com ar de orgulho que, quando de um atentado à bomba contra um tal de Salazar falhou, ela tinha ido de um lado a outro de Lisboa a pé em peregrinação, para entrega

QUADROS DUMA EXPOSIÇÃO

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PAREDES VELHAS Clicar na imagem para melhor ler o poema. Para a exposição - " A Imagem, a Cor e a Palavra, em Lagos Ontem "

sonhei uma vela

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Sonhei uma vela Na extensa baía Para lá da janela Sonhei que partia E o vento sopra tanto Impele-me a partir Desejando o horizonte Querendo, apenas, ir No sonho de navegar Venço a adversidade Parto, sem esperar Deixando a cidade Vou no barco à vela Que me faz acreditar Que no fim da viagem Outro sonho irei tocar No mar azul ondulante Vai a branca vela içada Que em mim navegando Não pode ser afundada Vogando em mar aberto Entre o barco e o céu Dou o sonho por certo Toco, afinal, o sonho teu Este imaginário barco É um desejo que solto Só não sei quando parto Nem sequer quando volto.

ao amanhecer

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Na neblina viscosa e húmida vejo o fantasma de um barco caravela de muitas descobertas perdida na vastidão das águas ao amanhecer. Num momento de contemplação observo-a voando em linha recta Linha imaginada no centro do rio ao amanhecer. Nessa hora ainda difusa e húmida que em mim traduz a solidão observo a gaivota que voa e ela prende-me com um laço ao céu, ao rio, à memória de ti outrora ancorada no meu ser ao amanhecer. .

Lagos anteontem

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Neste terreno em primeiro plano, se situou a Igreja de Santa Maria da Graça, onde foi sepultado o Infante D. Henrique. A Igreja foi totalmente destruída pelo terramoto de 1755. (clicar nas fotos para ampliar)