A minha participação no Sarau Poético em louvor do figo seco:    .                                             .       .    -  As minhas remotas recordações levam-me a esse lugar,     esse encantamento da minha infância, o espaço de quietude     entre os canaviais dum almeixar, seus odores a funcho     bronzeando a face esverdeada dum figo ao sol de agosto.     ,      Adivinhava-se o puro açúcar dos melaços na esteira     à moda dos antigos mouros que eternizaram o ofício     dos frutos para os frios vindouros do duro inverno     e o derradeiro esplendor do sol num sinal de tempestade.     ,      E quando a tarde declinava na harmonia terminal do dia     ao despontar do harpejo dum grilo singelo e solitário,     a sinfonia do seu canto iria ecoar nos meus sentidos     o apelo tranquilo transparente que ainda vem da terra.   .    em ALGARVE ONTEM , recentemente publicado