.  ....................... POEMA EM LOUVOR DO AZEITE  .    Dizem do modesto ramo de oliveira a paz   e dizem-nos do seu ditoso fruto a luz   que iluminou as noites de reflexão dos gregos.   .   Só por isto eu teria de louvar o puro azeite,   este lugar eleito, este lagar de azeite   onde a prensa arrebatava a flor dos fluidos   que dão perfil e força às veias da memória.   .   Também nos dizem da primado do seu reino   de enfrentar o frio, a decrepitude, os rudes sóis   e nos proteger do estertor fatal da morte   graças à excelência dos seus ómega colestróis.   .   Mas mais que tudo pelo paladar, o gosto antigo   no bacalhau e noutros pratos celebrados,   na sardinha em lata como era nesse tempo,   na caldeirada, nas cavalas, nos charros alimados.    .      No livro, a cada poema e fotografia corresponde uma nota histórico/etnográfica,    de Brazão Gonçalves.   .   6 - LAGAR DE AZEITE   - Os antigos lagares eram movidos por tracção animal.    Tal como a nora, eram...