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eremitas eremitérios alucinações

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se arrefece: arrefece    se aquece: aquece    se há guerra: há guerra:   todo o tempo que faz é o tempo que faz: razão para deixar isso com ele e dormir quando durmo e não dormir quando não durmo. pelo que ouvi parece-me um pássaro  pelo que vi parece-me um pássaro  pelo que senti duvido que seja um pássaro. estar aqui ou estar aqui    ser isto ou ser isto. o relâmpago do irreal: eu que o senti confesso ter sido alucinação o que senti. (transposição para volume de uma peça literária já aqui publicada e agora acrescentada de uma terceira parte que foi resposta a dois comentários) os três filósofos jogadores de carta puxam a sua carta põem-na ao alcance do olhar e de pé ficam horas até que um deles a devolva ao bolso no que é seguido pelos outros: silenciosos como chegaram afastam-se cada um para seu lado. (nunca tendo qualquer deles apresentado publicamente as suas ideias esta é considerada muito justamente uma obra de grupo: as três cartas com que jog

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(eremita relembrando a última das variações sobre o tema “a rocha de sagres” um pé de escarapela na testa de um continente e outro tacteando a ascendente coluna de ar: sentindo-me alimentado planei até à horizontalidade aquática a que devolvi o peixe que me fora deixado por espacívora ave de arribação das profundidades aéreas. (nadou sem pressas para lá da translúcida película que separa água e ar).) eremita variações sobre o tema “a rocha de sagres” nem pensei nisso: ao seguir o impulso de planar até à horizontalidade aquática fiquei aguardando como seria natural a reascensão à perpendicularidade divisória entre água e pedra .