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                 Universidade de Lagos                 nem mestre/nem aluno DOIS NOVOS POETAS NO PASSEIO DOS POETAS MATA DE BARÃO DE SÃO JOÃO AFONSO CAUTELA   ( de flor em flor de asa em asa )  jornalista em vários quotidianos  lisboetas, vários livros publicados entre poesia e ecologia, tendo sido o criador do Movimento Ecológico Português. Com Serafim Ferreira organizou para a Editora Ulisseia, Antologia de Poesia Portuguesa do Pós-Guerra onde figura Deodato Santos, com poemas extraídos de Cadernos Andaime. JOAQUIM BENITE  ( falo porque caminho e pergunto) jornalista, chefe de redacção do importante diário O Século. Mais conhecido como homem de teatro, criou o Teatro de Campolide e o Teatro de Almada. Iniciou com Deodato Santos, Cadernos Andaime. Pergunta -    com certa argúcia depreende-se que a presença destes dois poetas é uma forma de nomear duas pessoas com muita influência na sua vida. Não foi muito arriscado deixá-los para o fim, en

molhe os sapatos   e o que vem procurar a este teatro?     o riso a lágrima o pensar o sonhar       não temos       venho procurar os segredos da alma humana     também não      e é para a prossecução de que objectivos?:          eleitorais ?(tão secretos quanto os serviços secretos)        serviços secretos?       financeiros? (tão secretos quanto os serviços secretos)       para nos defendermos do imigo precisamos das mesmas armas do imigo      assim todos passamos a ser o imigo:      o imigo somos nós.     esta 5ªfeira  COMANDANTE DEODATO o Geostratega, revela os vencedores da guerra já em curso e ressalva que todas as guerras são inconclusivas e todos as vitórias sucessivamente temporárias.

                            PONTA DE SAGRES - Vou com alguma regularidade à Ponta de Sagres à procura de sentir a memória do dia em que deixei de puder assentar o pé do outro lado. - O que é memória de um é memória de todos incluindo a memória que o universo tem de si próprio.                                          JANTAR - Avozinho sem-abrigo agora depois deste bom jantar que lhe ofertámos que mais a Deus pediria? - A bênção. E coca e orgia.                                          ERVA - O morador do prédio em frente que tinhas visto a carregar grandes quantidades de erva para casa vi-o hoje muito antes do nascer do sol quando estava dar a mamada ao menino, na varanda arejando a erva com uma forquilha para a impedir de fermentar e assim poder secá-la. Imagino que seja para servir como forragem para os coelhos. - Ou, como reputado financeiro que é, usufrua ele de informação privilegiada respeitante à falência das fábricas de papel higiénico. Acordou

-Nunca nos ocorre um tema para conversar. Ainda bem. -Ainda bem. - Reparo no seu bigode e embora ele não o tivesse penso no meu segundo marido que foi trapezista. - Cuja eficiência apreciei sendo eu paciente, no seu trabalho a meio tempo como anestesista. - Imagino que seja para si uma quase violência mental e mesmo física quando obrigado a escolher entre um sim e um não. - Talvez.