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UNIVERSIDADE DE LAGOS nem mestre/nem aluno                                                           HISTÓRIA DA ETERNIDADE JORGE LUÍS BORGES   …as obscuridades inerentes ao tempo: mistério metafísico, natural, que tem de anteceder a eternidade, que é filha dos homens.”   O tempo é um problema para nós, um tremendo e exigente problema, porventura o mais vital da metafísica; a eternidade, um jogo ou uma fatigada esperança.   Após discorrer sobre as teorias de filósofos e teólogos clássicos e actuais que falaram e criaram Eternidade, Borges (HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA) conclui referindo a sua:     É uma pobre eternidade já sem Deus, e ainda sem outro possuidor e sem arquétipos. Fala de um extraordinário  passeio nocturno por arrabaldes de aglomerados argentinos     noite em serenidade, ar límpido, cheiro provinciano de madressilva, barro fundamental … antes me suspeitei possuidor do sentido reticente ou ausente da inconcebível palavra eternidade.   E concluindo:
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  eremitas      eremitérios    alucinações   PROVAVELMENTE NUNCA ACONTECERÁ   mas não excluível ou desprezível como hipótese de trabalho que     por acidente ou por necessidades evolutivas inacessíveis à compreensão    tenham as aracnídeas teias     em consistência e dimensões    ganho uma dimensão tal    que nelas se enleiem outros e diversos seres e seus artefactos ou terrestres ou marítimos ou aéreos (e que tal assim fôra   não foi por finalidades e desígnios civilizacionais   quer planetárias quer galácticas quer do universo ele próprio)     JORGE LUÍS BORGES tivera    no seu estilo e maestria nunca igualáveis confabulado sobre as teias de aranha    mas sem esta conclusão contida entre parêntesis: decerto e implacavelmente por achá-la redundante. 2ª feira      eremitas      eremitérios    alucinações

BANALIZAÇÃO DA IMAGEM

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photo inês cerol - grupo amigos de lagos A interessante abordagem (ele que é um velejador)  de Francisco Castelo à fotografia, ocorrida na Biblioteca Júlio Dantas, no âmbito das 5ª feiras do Amigos de Lagos, sem ganchos de assalto porque conhecedora, sintética e concisa sem ser apressada e fugidia, procurou responder às perguntas leigas, não deixando de focar aspectos bem precisos da omnipresente implantação da imagem na vida colectiva. Quer no seu uso como valor documental e de memória da comunidade ( a fototeca municipal) ou na alteração comportamental das pessoas cujo dia a dia, por via da foto digital, é feito da captação exaustiva e do consumo da imagem de si próprias, o animado jogo de perguntas e respostas não me deixou tempo para a pergunta que o título sugeria. Banalização, que é muito mais que banalização. A pessoa de hoje já se habituou à permanente tomada da sua presença em espaço colectivo: quando levanta dinheiro do aparelho, quando vai às compras ao supermercado