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A corvina que ria

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Entrei no mercado Não fosse a fome que tinha Ou tivesse já almoçado Nem toparia c’o raio da corvina. Quanto custa o peixe Que na trago muito dinheiro? Venda-me três postas Na quero o peixe inteiro. São cinquenta euros E é bom e tá fresquinho Mas tem que levar todo Não lhe parto ó bocadinho Dei mais cinco voltas Pla corvina sempre passava Estava embicado no peixe Da maneira que m’olhava Então quanto disse que era? É só pra almoço, não pra bodo Sem dinheiro pra mais Não levo o peixe todo Fica em 10 mil escudos Se não pode levar todinha Compre peixes miúdos Cavalas, charros ou sardinha Mais uma volta pela fruta Volto de novo ao pescado A ver se ainda inteiro Ou já estaria cortado Venda-me lá uma posta Pode ser maiorzinha Abalo já daqui na berra A caminho da cozinha Não há negócio fechado Pois assim ao bocado, depois Fica-me o peixe mutilado E vendo mais um, mas não dois Quero uma parte do peixe Pago já uns mil paus Ainda desfaleço aqui De fome e tratos maus Por esse preço nem vendo Carapa