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“Pépinho és tu, tabrão!!!”

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Assim respondia na sua fala entaramelada, de quem nunca aprendeu letras nem o ralidades discursivas cuidadas, aos que o invectivavam, chamando-lhe Pepinho. Por vezes, mais irado, chegava a arremessar o cajado, sobretudo aos moços que o achincalhavam. Mas isso era quando se metiam com ele porque, normalmente, o seu discurso abria pacificamente com a pedincha: “Uma moedinha... uma moedinha, amigo...”; assim pedia o Francisco Palmeira aos conhecidos e aos forasteiros. Fez parte da vivência e do imaginário daqueles que habitaram perto dele ou dos que com ele se cruzavam quotidianamente nas ruas da cidade. Habitava numa pequena casa no cimo da Rua António Crisógono dos Santos, vulgo Rua da Aldeia, quase em frente à Mercearia da “Martinha”. Tal como qualquer tolinho de aldeia, o Palmeira era alvo de inúmeras brincadeiras que tentavam explorar o seu reduzido discernimento. Certa vez, colocado perante o dilema do “tolinho da Aldeia”, que todos conhecerão certamente, e que descreve a opçã