Especial Figueira da Praia da Luz

parece haver uma contradição entre a usual fala "não se passa nada" e a quantidade de ofertas e de actividades disponíveis. por vezes temos a impressão que não deve existir uma pessoa que não tenha uma actividade qualquer, mesmo que seja ela compartilhada por poucas outras ou mesmo apenas individual. a aparente contradição pode residir num hábito de reduzir tudo à negativa - denominador comum habitual - na ânsia de produzir acordos, de não se fazer notar ou de não querer ofender, como tendo opiniões próprias. "não se passa nada", supõe grandes acontecimentos, grandes massas que se juntam, desejando um evento especial, numa permanente versão da vinda de um salvador. parece que é o contrário, a salvação está naqueles que se juntam por afinidades em encontros mais ou menos prolongados, sem muitas responsabilidades de organização, sem pressões, mantendo livre a individualidade, e em que cada um tem a alegria de poder colaborar sem compromissos. maria de fátima, depoi...