culto da figueira
Conta-se nos livros que foi nas tuas folhas.
Com elas terá Adão escondido vergonhas,
Com elas terá Adão escondido vergonhas,
e Buda terá escolhido caminhos sentado à sua sombra.
Casta figueira.
Singela de te florires garrida,
Singela de te florires garrida,
que tu escondes tuas flores no ventre carnudo do sicónio.
Teu fruto que terá sido alimento de reis e de profetas,
o suculento figo.
já te despiste de teu manto verde,
já cairam por terra tuas folhas como mãos espalmadas,
e tu sobes teus ramos aos ceus,
e eu cuido que oras.
Mas mal chega o fino odor a primavera,
rebentas em folhinhas salpicadas.
A natureza clama aleluias num novo ciclo da figueira.
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DALUZ