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CONTOS EM BARÃO

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A maioria das pessoas já foi nascida com a televisão e como explicar o silêncio que enchia a sala cheia, em momentos de leitura, uns interpretados com mais experiência outros com  menos, com alguns autores anunciando previamente que não eram grandes ledores ou que estavam nervosos? Que explicação para esse estado ( que estado  é esse?)  provocado pela palavra dita e pelo conto, em tudo semelhante ao do tempo sem televisão e sem electricidade, em que na semihibernação se descaia o queixo e se esbugalhavam os olhos e se animavam as sombras  nos cantos onde não chegava a trémula e cheirosa luz? Era esse silêncio embevecido que transfigurava os que se diziam nervosos e maus ledores? e que os levava a encontrar  entoações e pausas? Seria essa comunicação que fazia com que pessoas não dominando completamente a língua, tivessem uma expressão facial como se tudo estivessem seguindo? E decerto que sim, senão o sentido exacto das palavras, mas sobretudo o que elas provocavam. ARTIST