CONTOS EM BARÃO

A maioria das pessoas já foi nascida com a televisão e como explicar o silêncio que enchia a sala cheia, em momentos de leitura, uns interpretados com mais experiência outros com  menos, com alguns autores anunciando previamente que não eram grandes ledores ou que estavam nervosos?
Que explicação para esse estado ( que estado  é esse?)  provocado pela palavra dita e pelo conto, em tudo semelhante ao do tempo sem televisão e sem electricidade, em que na semihibernação se descaia o queixo e se esbugalhavam os olhos e se animavam as sombras  nos cantos onde não chegava a trémula e cheirosa luz?
Era esse silêncio embevecido que transfigurava os que se diziam nervosos e maus ledores? e que os levava a encontrar  entoações e pausas?
Seria essa comunicação que fazia com que pessoas não dominando completamente a língua, tivessem uma expressão facial como se tudo estivessem seguindo? E decerto que sim, senão o sentido exacto das palavras, mas sobretudo o que elas provocavam.


ARTISTAS DE BARÃO PRESENTES

Presentes alguns Artistas de Barão que, empenhados na exposição de ARTES PLÁSTICAS AO AR LIVRE,  para Junho, vieram para inspirar-se nos artistas da palavra.
O jantar de ervilhas quadradas, oferecido aos escritores pela taberna D' Maria, segundo as regras e gosto mais tradicionais, foi do agrado de todos.
A próxima sessão terá lugar a 9 de Fevereiro  no café Bzaranhas às 21h30.
Muitas pessoas que não podem deslocar-se têm manifestado o desejo de conhecer as obras.
lagos.pt  está a tentar, com muito gosto, encontrar um meio de responder a esse desejo. e tudo leva a crer que muito brevemente uma solução seja encontrada.
Porque LAGOS MERECE.


Comentários

deodato santos disse…
mena, parece que foi desta que resolveu o problema do anonimato.

castelo,uma espiral nos liga do anterior post até este, passando pelo serão de ontem. daquela cabeça só poderia sair tal exemplo porque ela própria é ( não está no passado) uma espiral.
o final de " folhas",2005, que publiquei em os 5 Poetas de Lagos deste dezembro:
" todo o início de movimento é a cabeça de uma espiral.
seja com o pó ou qualquer outra entidade colectiva que se levante do chão, ou quando os nossos passos desenham no saibro do caminho do parque não uma linha recta mas sim o princípio de uma curva, ou seja com a progressão do sonho ( cuja evolução final bem pode ser uma galáxia).
ou quando cavava a terra para semear,(não tanto agora): num espaço de 4 metros, se não tivesse um fio estendido, ficava desenhada uma nitídissima curva. se continuasse sem parar chegaria ao círculo, circulo esse que proporcionalmente seria o perímetro da terra. mais do que isso, ouso supor : o eixo desta galáxia. e como todas elas são a galáxia original, que pensar do ponto em que iniciei a primeira enxadada? não é por nada que incentivo à criação de pequenas hortas.
francisco disse…
meu caro, eu ando é num círculo espirral

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