FAVAL FRENTE AO HOSPITAL

AO DOENTE
LEVANTA O MORAL


logo ao sair da porta do Hospital São Gonçalo vêem-se as favas, se atravessarmos a rua e nos aproximarmos observa-se que há batatas, quatro jovens figueiras com, na caldeira a seus pés, alfaces e alhos, e outras pequenas e indistintas árvores.
agora que sai mais caro o prazer de ver terra cultivada - pagar a via do infante para passar a ponte do guadiana - esta leira bem tratada alegra. 
a mesma pessoa que me fez visitar o terminal de contentores no porto de Hamburgo mostrou-me, também na qualidade de director para que fora eleito, o espaço posto à disposição da   associação de amantes  da jardinagem e horticultura.
entre nós a classe média ainda não apagou da memória a lembrança dos escravos da gleba que foram os seus avós  e despreza tudo  que possa fazer lembrá-lo.
se o auto-caravanismo é um regresso ao nomadismo, também a febre de cultivar é um mergulhar na memória profunda, que nos leva ao momento de uma importante passagem do homem para outra evolução. e ambos estão para nos lembrar que enquanto se for como se é, nada do que se conheceu desaparece, e que o exercício dessa memória nos proporciona segurança  equilíbrio emocional e alegria.
para a Alemanha partiu nesta 3ªfeira o artista plástico Alonso tratar com galerias de arte, e na 2ª feira à tarde ainda ele andava com uns ramos de figueira brava que ia plantar junto às suas, "para dar o toque".

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