sonhei uma vela



Sonhei uma vela
Na extensa baía
Para lá da janela
Sonhei que partia

E o vento sopra tanto
Impele-me a partir
Desejando o horizonte
Querendo, apenas, ir

No sonho de navegar
Venço a adversidade
Parto, sem esperar
Deixando a cidade

Vou no barco à vela
Que me faz acreditar
Que no fim da viagem
Outro sonho irei tocar

No mar azul ondulante
Vai a branca vela içada
Que em mim navegando
Não pode ser afundada

Vogando em mar aberto
Entre o barco e o céu
Dou o sonho por certo
Toco, afinal, o sonho teu

Este imaginário barco
É um desejo que solto
Só não sei quando parto
Nem sequer quando volto.

Comentários

Lourdes disse…
Passei por aqui para agradecer a visita. Vou voltar mais vezes pois gostei bastante do vosso blog. Entre outras coisas, gosto de poesia, de conhecer os usos e costumes de diversas regiões, de viajar, nem que seja através da internet...
Beijinho
vieira calado disse…
É caso para dizer:

Vou ali

já volto!

Um abraço apascoalado.


* Espero comer um fatia desse folar comprado na Feira do Folar em Barão de S. João
no fim de semana...
Mais um prefeito , e brilhante, exemplo do universo poético Kitscunguiano. Em, o que importa é a viagem (a trip. A vela, como um prefeito elemento onírico, está emparedada no seu elemento de segundo plano, o seu alfa e ómega, a partida e a chegada. soberbo!
Saudações pascoais...
inácio disse…
fiquei sabendo o que é a poesia kitschunga.o meu comentário:
tu me levaste tu me trouxeste em que nova maravilhosa aventura vamos agora minha vela latina em bojo de pinho.(abril 09)
q belo poema, mas q esse barco sea sempre controlado por vc,pois a vida
é bela!!
bjs
lane
éf disse…
Pronto, chegou a Páscoa andam todos marados. Quem me mandou a mim falar em velas na altura dos cirios?!

que belo nick esse "DE VEZ EM QDO VENHO AQUI", vou pensar em adoptar um do género, tipo: "OI, CHEGUEI, FUI, ERA EU"

hehehehe...
;D
Mena G disse…
Isto do kitschunga vai pegar...
;)

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