gosto dessa imagem do chão adequado para a contínua substituição dos rostos.
as palavras duram muito mais do que as muralhas.
;)
INÁCIO disse…
Ó HOME! O que tu foste buscar! Do cimo desses baluartes aprendi que as terras não são mães e que devemos olhá-las de cima e de longe. Noutra versão direi que fui expulso pelo Espírito que reina e rosna no reduto amuralhado: a mesma verdade vista de dois ângulos. A fotografia das freiras poderia ter sido obtida a partir de uma das janelas do meu quarto era a primeira coisa que via quando acordava. Da outra janela via a horta e o tanque :ESTAVAS NADANDO NUA NO TANQUE E A CERTA ALTURA COM AS MÃOS COMEÇASTE A ANALISAR O CRESCIMENTO DOS SEIOS. RECUEEI COM O PUDOR DE NÃO QUERER MACULAR ESSE MOMENTO DE PURA INTIMIDADE. MAS VOLVI DE IMEDIATO E AO ACASO DOS DECÉNIOS QUANDO NOS ENCONTRAMOS AINDA TENHO RECEIO QUE LEIAS NO MEU OLHAR A MEMÓRIA DO QUE FIZ OLHANDO-TE ATRAVÉS DOS RAMOS DA AMENDOEIRA QUE VINHAM ARRANHAR OS VIDROS DA JANELA.
......... FIGOS :: LAMPOS ....................................................................................................... Aí está a época do figo! O figo! Esse, assim chamado fruto, filho da Ficus Carica , da família nobre das Moraceae . Na verdade, em termos botânicos, o figo é um receptáculo de flores, não propriamente um fruto, a que dão o nome de síncone. Dizem que já na Idade da Pedra eram apreciados e cultivados por cá, embora sejam originários da Mesopotâmia, Pérsia e zonas arábicas voltadas para o Mediterrâneo. A figueira, nesses tempos, era considerada uma árvore sagrada, talvez porque foi com folhas de figueira (abundantes na região), que Adão e Eva tapavam as suas vergonhas!... Eurico Veríssimo, um grande escritor brasileiro, comenta, a este respeito, que a fruta do Paraíso tinha de ser o figo, não a maçã, e que ao desobedecer a Deus, os fundadores da Humanidade, perderam o paraíso, mas ganharam a mortalidade e o sexo, e inauguraram a indústria do vestuário! Na reali...
“ Sou desmesuradamente exigente para com a arte: desejava que ela trouxesse uma resposta. Senão para uma pessoa pelo menos para a humanidade. Por isso nunca me atrevi a chamar-me artista: certa vez chamei-me figurinista, porque faço figuras, hoje nem isso ”. Perceber, à conversa, quem é o Deodato artista, não é fácil. Não só porque é sempre difícil reduzir a palavras simples a obra, o sentir e o pulsar daqueles que operam no universo das artes como é difícil interpretar a sua mensagem em linguagem corrente. E talvez deva ser assim, porque se fosse fácil esse diálogo e esse entendimento, ficaria desmobilizada a manifestação artística por desnecessária. No fim de contas, será mais clara e precisa a obra artística do que as palavras da entrevista. Da entrevista possível, com poucas perguntas e mais desafios, deixamos o excerto da digressão do autor ao sabor da sua plena liberdade. Deodato Santos veio cá parar “via nascimento”, em 1939, como ele próprio referiu, portanto é lacobrigense de...
ARTE ESTÁ EM TUDO foto inês silva - ccl Kasia Wrona viveu e cresceu na Polónia e radicou-se no Concelho de Lagos há tempo suficiente para dizer, expontaneamente, que a luz do sul se incorporou nas suas cores. Viveu um período do Fogo, tema que pode ser apreciado nas suas obras em exposição do AlgarveArtistsNetwork patente nos antigos Paços do Concelho. Agora está a entrar no período da Água, e a sua actual exposição no Instituto Politécnico de Coimbra, já apresenta obras dominadas por esse tema, embora lado a lado com outras do período anterior. O que não deixa de ser de flagrante simbolismo, já que, mesmo em arte, o passado nunca desaparece, reservando sempre uma aparição no seio do contemporâneo. O que leva um artista a ter determinadas fases de criação pertence claro, ao fenómeno criativo e não é um simples capricho de ordem estética ou de ordem comunicativa ou publicitária, mas é sim, a exteriorização de uma evolução interior...
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as palavras duram muito mais do que as muralhas.
;)