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O banho de vinte-e-nove

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Aljezur: Reza a lenda que os Cavaleiros de Santiago , chefiados por Dom Paio Peres Correia , surpreenderam os mouros a banhar-se no mar, longe da protecção das muralhas da vila, como era sua tradição. Tal foi o massacre que o mar ficou vermelho. O castelo foi conquistado em 1249. In Guia Expresso de Portugal , 1995 Mais precisamente a 29 de Agosto de 1249. Assim reclamava Dom Afonso III a conquista do último reduto do, até então, território do Gharb . Desde miúdo que ouço falar no “banho de vinte-nove” (de Agosto). Um banho que, no dizer das pessoas mais idosas da aldeia do concelho de Santiago do Cacém de onde sou natural, era um banho de mar que valia por todos os banhos que se pudessem tomar ao longo do ano. Aliás, realizavam-se verdadeiras caravanas de carros de bestas e toda a sorte de veículos a caminho das praias, por todo o Alentejo litoral e costa ocidental do Algarve. O meu pai até conta que vestiam a melhor roupa que tinham, o fatinho de ver-a-Deus, por cima do calção de

estórias de Lagos & arredores, o livro

Jorge Luís Borges dizia «que todo o poeta inteligente é um bom prosador»; assegurava ainda que o ponto de partida para essa ideia fora Stevenson, mas isso já era apanágio de um homem brilhante como o era Borges que deixava sempre a ideia de que, por mais inaudita fosse, uma excelente ideia nunca partia dele. Estórias de Lagos & arredores, de Vieira Calado, é, para mim e acima de tudo, o artifício de bem saber prosear. E isso percebe-se de imediato, assim que começamos a descer a rua com o autor e, com ele, nos espraiamos, « por força da quentura dos ares deste chão benzido pelos deuses da frouxidão e da pasmaceira; e da costa esbelta onde o mar vem desaguar uma salmoura apetecível em areias louras, tomadas pelo mel de meridianos sóis » (pág.11) deixando a apatia na firmeza insípida de uma calçada debaixo das solas; as cidades, os homens, a vida e a morte repetem-se nos tempos e espaços, e ficariam reduzidos à banalidade de acontecimentos, ou na memória restrita dos afectos, não fos
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É com algum embaraço que, finalmente, ouso romper a cor do meu espaço branco. Nada de verdadeiramente interessante. Um rabisco. Um rascunho. Uma tentativa de rasgar a tímidez abrir de vez uma porta que me leve a aventuras mais sérias. Gosto de desenhar e não sei. Mas é assim, dá-me gozo... Gosto de rabiscar gente. Corpos de pessoas assimétricas desajustadas das noções de estética estabelecidas por quem é realmente feio. Gosto de pessoas corporalmente expressivas. Só essas se encaixam nas desproporções dos meus rabiscos... Tenho rabiscado pés de gente. Pézinhos. ( Manias...) Saíu-me um rabisco de bailarina. Tem uma história por contar na dança que eu imaginei. Hoje rompo a cor do meu blog branco. Ainda é cedo para romper o silêncio. dança no perímetro da escarpa afiada trezentos e sessenta graus

Lagos (do post anterior)

Get Your Own Player! Vi esta postagem, do Vieira Calado, e foi logo ali ao lado gravar a canção. "com: Interpretação de José Bandarra e Arranjos de Paulo Ribeiro"

LAGOS (CANÇÃO)

........ LAGOS .... .... Ai Lagos, terra algarvia debruçada sobre o mar, da tua linda baía de belo sol a brilhar partiram as caravelas que foram para além-mar. Ó Costa d’Oiro adorada onde o azul do céu ameno onde o eterno mar sereno fazem tintas de igual cor, tu és a moira encantada das amendoeiras em flor. .... Ai Lagos, Lagos, terra ditosa .... tu não sabes como és linda, .... teu passado brilha ainda .... ó bem-formosa. .... Ai Lagos Lagos, terra de encantos, .... o teu sol brinca com o mar .... quando as ondas vão beijar .... os teus recantos. Ai Lagos à beira-mar minha terra de encantar, sinto em mim por ti crescer uma voz a me dizer que és a mais bela princesa que vive na natureza. A letra da canção é de Vieira Calado; a música é de Genny Telles. Ambas foram escritas em 1957 e a canção foi origináriamente interpretada pelo tenor José Gonçalves, tal como o autor da letra, natural de Lagos.

Às curtanheiras

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Moças rosadas do calor que a apanha dava. Figo de tamanho diverso. Figos vários, de Junho para a frente ou até antes. Maduros, primeiro os lampos e mais tarde os inchários. Figos mais encarnados que verdes, quase lilases, a derramarem vermelhos melados desunindo o bico em quatro brancas interioridades: um avesso felpudo. Figos verdes por fora e tão rubros por dentro, os que as moçoilas apanhavam em grandes quantidades, as saias presas com um alfinete entre as partes, ei-las escarranchadas num galho mais forte, o lenço rodado sob o queixo, atado atrás sobre o pescoço. A medo ou em descarado jeito, papavam um e outro que eram frescos e apaziguavam fome e sede. Comiam-nos inteiros. Casca e tudo. Enfiados na boca que figo deste tipo, maduro pelas branduras de entre Junho e Agosto, é as mais das vezes, figo miúdo. O figo coito para secar nas esteiras, para comer torrado nos frios do Inverno vindouro, para fazer os santinhos . Por vezes, corria do figo um fio de leite. Um peganhento

Claustrofobias, o livro

O culto do objecto. Sendo um livro, começa-se pelo apreço da capa, que é bonita. Passando pelo desígnio do autor, fica-se com a ideia de que há uma tentativa de justificação do acto da escrita, o que, para mim, é sempre improcedente; escrevemos aquilo que queremos ler (ou ouvir contar) e ainda ninguém escreveu (ou nos contou); escrevemos pelo prazer de realizar, é uma forma de edificação como outra qualquer; escrevemos para apertar o nó à corda que se balanceia e nos coloca à prova em cada patíbulo; escrevemos para limpar o baço do espelho; escrevemos por idealismo, o culto de ser autor; escrevemos porque a isso não somos obrigados; enfim, escrevemos! O prefácio é como um bom prefácio deve ser: generoso; exultante, anima de expectativa o leitor. O livro: é pela atmosfera que nos enredamos sem grandes resistências e nos dispomos a estar presentes; se atentos, não nos escapará a interessante ligação temporal entre as diferentes partes da narrativa, que nos parece consonante apesar das in

duas artes

Eram pouco mais de 7 horas e a Meia Praia estava farta, como se da barriga de uma onda tivesse havido um parto desmedido. O cão ladrou ameaçador, ali estava tudo aquilo que ele defendia como seu: os tractores, os cabos, as redes, as gentes e o barco; não seria da sua responsabilidade a guarda do pescado ou quem o levava em caixas tinha o seu consentimento; aceitava sem reservas ruidosas a trasfega. Dois homens afastaram-se daquele centro de azáfama com os olhos ao largo; o barco deles ainda navegava e demoraria; meti conversa e um deles fez-me saber, crítico, que apesar da proibição de viaturas no areal, aquela lava fora puxada por máquinas, um homem ou dois para ajeitar o cabo; – suspendeu por instantes o que me dizia e julguei pressentir-lhe a dúvida; fi-lo continuar dizendo-lhe que percebia; «cabo» fora a palavra que o suspendera; por um brevíssimo instante, ele avaliou quem tinha pela frente, e dispunha-se a alterar a mensagem para a incorrecção de «corda». Por instantes fiquei eu

Condelipas

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Se há livros que convictamente trouxe de casa dos meus pais quando vim para Lagos, foram os dois volumes do Dicionário Lello Universal. Não pelo conteúdo, que, mesmo nos tempos em que estava “actualizado”, deixava muito a desejar, mas, sim, pelas ilustrações. Encontrando-me a folhear o segundo volume do referido dicionário, como muitas vezes faço, ao acaso, deparei, também acidentalmente, com uma entrada que, antes, não havia ainda chamado a minha atenção, a referente ao Conde de Lippe . No já desusado livro pode ler-se: Schauman-Lippe (Frederico Guilherme, conde de ), general alemão, n. em Londres (1724-1777). Foi contratado pelo conde de Oeiras (depois marquês de Pombal), para vir a Portugal reorganizar o exército deste país, missão de que se desempenhou brilhantemente. Comandou as tropas anglo-lusas durante a campanha de 1762 contra os Espanhóis, manobrando com extrema habilidade. Soube disciplinar e instruir as forças portuguesas e dirigiu com grande acerto os trabalhos de defes

Lenga Lenga Lacobrigense

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(O Enterro do Entrudo-anos 50) Chegavam de todo o lado. De bairros de velhas ruas, de becos e quintais, gente boa simples anónima e sem nome,…Apenas, apenas “Alcunhas”. O ar cheirava a frio, som, cores e a alegria, era um Carnaval da província. A Praça da Música aonde nas tardes frias de inverno, corpos frios aqueciam ao sol, era o lugar do festão. Numa calçada quadrangular, no centro no meio de alguns bancos, vivia um coreto insípido, domicílio de pardais, aonde nada ou quase nada acontecia. Alguns papeis coloridos esvoaçavam presos a fios de pesca. …A noite comia o dia. O cheiro do polvo na brasa, dos grãos torrados da batata doce cozida, das castanhas assadas das filhós e “seringonhos”, era contagiante. Em cada recanto da Praça vendia-se guloseimas; A Maria das Caldeiras das castanhas, a ti Rita das pevides, a ti Caetana dos pirolitos e tio Frederico Feles com os seus Drops Americanos. Junto ao Mercado de Escravos a voz do Zé Maraquilhé. -Quem quer comprar Maraquilhé? Sob a protec

Sueste

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Quando o Sueste chega e se aconchega e o ar fica encharcado de sal, há uma energia, primordial e intensa, que toma conta do corpo e do mundo. Uma intoxicação pura e límpida. Um acometimento do ser. A inalação da vontade dos deuses na exalação do suspiro da ânsia da espuma. De mar e de sal. O tempo pára quando desapareces no turbilhão das ondas. Que te possuem, enrolam, batem e embalam, devolvendo a respiração, aos que, por se darem, nadam respeitar. Escorres em luz e sol, alma e mar, secando a pele ao calor do sal.

A corvina que ria

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Entrei no mercado Não fosse a fome que tinha Ou tivesse já almoçado Nem toparia c’o raio da corvina. Quanto custa o peixe Que na trago muito dinheiro? Venda-me três postas Na quero o peixe inteiro. São cinquenta euros E é bom e tá fresquinho Mas tem que levar todo Não lhe parto ó bocadinho Dei mais cinco voltas Pla corvina sempre passava Estava embicado no peixe Da maneira que m’olhava Então quanto disse que era? É só pra almoço, não pra bodo Sem dinheiro pra mais Não levo o peixe todo Fica em 10 mil escudos Se não pode levar todinha Compre peixes miúdos Cavalas, charros ou sardinha Mais uma volta pela fruta Volto de novo ao pescado A ver se ainda inteiro Ou já estaria cortado Venda-me lá uma posta Pode ser maiorzinha Abalo já daqui na berra A caminho da cozinha Não há negócio fechado Pois assim ao bocado, depois Fica-me o peixe mutilado E vendo mais um, mas não dois Quero uma parte do peixe Pago já uns mil paus Ainda desfaleço aqui De fome e tratos maus Por esse preço nem vendo Carapa

O FIGO

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......... FIGOS :: LAMPOS ....................................................................................................... Aí está a época do figo! O figo! Esse, assim chamado fruto, filho da Ficus Carica , da família nobre das Moraceae . Na verdade, em termos botânicos, o figo é um receptáculo de flores, não propriamente um fruto, a que dão o nome de síncone. Dizem que já na Idade da Pedra eram apreciados e cultivados por cá, embora sejam originários da Mesopotâmia, Pérsia e zonas arábicas voltadas para o Mediterrâneo. A figueira, nesses tempos, era considerada uma árvore sagrada, talvez porque foi com folhas de figueira (abundantes na região), que Adão e Eva tapavam as suas vergonhas!... Eurico Veríssimo, um grande escritor brasileiro, comenta, a este respeito, que a fruta do Paraíso tinha de ser o figo, não a maçã, e que ao desobedecer a Deus, os fundadores da Humanidade, perderam o paraíso, mas ganharam a mortalidade e o sexo, e inauguraram a indústria do vestuário! Na reali

... ver o passaredo ...

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Desde que cheguei a Lagos que me fascinam as aves que por cá descobri. E uma coisa é vê-las nos livros, em gravuras ou fotografias (prefiro as gravuras, de longe), outra, completamente diferente é vê-las à frente dos nossos olhos, permeadas pelo pára-brisas ou apenas filtradas pelo olhar vestido apenas de ajustamento optométrico. Gaivotas, conhecia eu muitas. Claro. À semelhança dos pombos e dos pardais, acompanhando o grau de enraivecimento, proporcionalmente, a dimensão dos produtos de suas largadas voadoras, também as gaivotas vieram engrossar as hostes de pragas urbanas. Mas, mesmo assim, as gaivotas de Lagos tiveram desde logo um significado muito próprio para mim, o branco das penas fundindo-se com o branco das paredes do rendilhado das ruas e das casas, a mancha vermelha na parte inferior do bico amarelo um toque de vida e cor a lembrar que há naturezas indomáveis que se libertam, livres, livrando-se mesmo de nós ou de nós escarnecendo nos gritos lancinantes com que rasgam a noi

Nossa Senhora da Piedade

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já nem o marco existe uma onda mais um esboroar no dia certo caíu deixou de ver-se o local onde em romaria rezava o povo na ermida a Senhora da Piedade assim chamada ficou desalojada Tem lugar cativo na Igreja a minha a que me deitou água de Baptismo a de Santa Maria

PRAÇA DA CÂMARA

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Lagos Ontem # 3 Clique para melhor ler o poema. ...... Trata-se da praça nobre da cidade, onde estão instalados os Paços do Concelho e que se denomina Praça Gil Eanes. Por incongruência toponímica está lá colocada a estátua de D. Sebastião (que elevou Lagos a cidade, em 1573), sendo hoje um ex-libris . Anteriormente chamada "Praça do Cano", porque o cano abastecedor da água das bicas e do chafariz existentes em frente do edifício da Câmara, nela desembocava. Bicas (ou chafariz) que terão deixado de lá existir, por volta de 1930/32, mas que antes disso terão sofrido algumas transformações, como se pode verificar por postais mais antigos, sendo curioso notar a azáfama dos moradores da cidade, no enchimento de cântaros e pipas transportados por carros-de-mão, burros e carroças. Após a regularização do piso da praça, foi colocado do lado norte do edifício da Câmara, uma bica em ferro forjado – com alguma elegância visual – que continuou servindo para abastecimento público. O poem

Obrigado!

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Devo um pedido de desculpas e um agradecimento muito especial ao grupo de amigos que me convidou para este blogue. Um pedido de desculpas porque, sendo convidado para aqui participar - o que tenho feito menos do que talvez devesse - mantive este blogue "à mostra" no meu perfil enquanto, repensando, escondia o meu... Para quem não gosta de anonimatos, também não foi assim muito bonito, cada um tirará as conclusões sobre os seres e as formas como se vão por aí comportando, (L)arions incluídos... O agradecimento é o mínimo que posso expressar por se terem comportado de uma forma bem mais adulta do que o autor destas palavras, sobretudo ao demonstrarem a amizade que vão tendo por mim, manifesta das mais variadas formas! Obrigado por tudo, mas, sobretudo, por contribuirem para atenuar esta solidão! Estendo o agradecimento, como não podia deixar de ser, aos bloguistas que neste espaço (e por outros meios) me procuraram. A todos, Bem hajam! .

Praia de S. Roque

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Esta terra é linda de qualquer ângulo, a cores ou preto e branco, com muitos bites, baites ou bitaites. Esta terra é um espanto. Às vezes, muitas, olho-a de longe, tento mirá-la como se chegasse, emigrante ou afastado em compras ou trabalho, ou mesmo viajante. E fico, de modo diverso do que é o dia a dia, extasiada: descubro-lhe nervuras, recantos, pregas escondidas bem cheirosas, um rosto, uma luminosidade que não tinha visto, um chão que não tinha sentado: húmido de maresia ou quente do sol ao fim da tarde. Mas onde ando eu apenas para dizer que estava farta de sopa?!... era apenas isto o que queria ter escrito: Farta de sopa, inda mais de nenúfares, vi-me compelida e colocar neste espaço algo bonito .

Namoro

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Entornas-te na ribeira Miras-te Debruças-te Namoras Buscas na água que corre O redondo vaidoso da baía O branco descabelado ao vento Norte da areia preguiçosa A praia longa e luminosa Ai menina cidade Ai menina Tiraram-te a ribeira para longe Cresceram-te Adornaram-te de envoltos Mas a praia e o côncavo O desejado contorno da baía Ficou-te sempre longe.

Lagos podia ser um poema cubista?

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Cinco Horas Minha mesa no Café, Quero-lhe tanto... A garrida Toda de pedra brunida Que linda e que fresca é! Um sifão verdade no meio E, ao seu lado, a fosforeira Diante ao meu copo cheio Duma bebida ligeira. (Eu bani sempre os licores Que acho pouco ornamentais: Os xaropes têm cores Mais vivas e mais brutais). Mário de Sá-Carneiro