ARTISTAS - VERA GONÇALVES
a arte pode dar-nos momentos nunca antes experimentados
uma sua obra , AS CADEIRAS DO PODER marca a rotunda de umas principais artérias de lagos.
instalou-se na cidade, quando vários artistas vieram seguir um projeto de joão cutileiro, "a escola da pedra".
estava-se na efervescência de 74 e todos viviam num sobressalto criativo e de empenhamento da arte no definir de uma sociedade.
foi dessa época o momento em que a arte mais se expandiu. as "bienais de lagos " tinham audiência nacional, devido precisamente a esse enriquecimento exterior, já que os locais que se dedicavam a fazer alguma coisa, se poderiam contar pelos dedos de uma só mão.
foto inês silva - ccl
se quisermos poderemos considerar a actual Mala, também uma exposição bienal, como a herdeira da outra, mas agora, sendo expressão local de todos aqueles que se fixaram e todos aqueles que inspirados no exemplo pensaram ser artistas. uma sequência lógica que deverá chegar ao seu alvo, quando o que é aqui produzido atraia público em geral e o comércio da arte torne possível o reconhecimento exterior dos artistas e a sua independência económica.
as tarefas que a arte se atribuía naquela época não foram esquecidas, e vera gonçalves continua a empenhar-se nos seus aspectos pedagógicos ou didáticos tanto no apoio a artistas como a criar público interessado. são exemplos acções junto das escolas e a assunção de cargos diretivos no LAC. expõe regularmente nos mais diversos locais da cidade, considerando que todos os locais são bons para encontrar o público, indo ao encontro das conceções "de arte urbana" ou "arte de rua". e admite perfeitamente qualquer forma de arte pública que seja o reflexo deste ou daquele núcleo populacional, que queira manifestar a sua presença e eleja como seu gosto artístico representativo, determinado estilo de obra.
pela quantidade de pessoas que acorrem às suas exposições pode dizer-se que formou o seu público e que aí se encontra uma potencialidade a pedir mais oferta.
Comentários
Sem pompa ou circunstância
Que o evento em si merecia
Só com versos e abundância
De afectos e de alegria
É já com a Lua-Cheia
Do corrente mês de Agosto
Que se concretiza a ideia
De na Luz, bem junto ao posto
D'antiga Guarda Fiscal
Que continua a existir
Mesmo em frente ao areal
de podermos assistir
Ao baptismo anunciado
Da FIGUEIRA. No porvir
FIGUEIRA VIEIRA CALADO
Para um acto tão diferente
Do que é costume fazer
Convida-se toda a Gente
Todos podem , qu'rendo vêr
Como é fácil conseguir
De tão singela maneira
Ter um Poeta a sorrir
"Amarrado" a uma figueira.
E se me é dado perdão
Por querer manifestar
Esta outra gratidão
Que não posso em mim calar
Aqui fica o meu desejo
Destas rimas dedicar
À Fátima, com um beijo
Que lhe peço p'ra guardar.
Daluz
2011.07.31
Tivemos umas 3h de conversa.....
gosto do teu resumo !
abraço
Vera
Daluz: vai dizer as suas rimas?