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pasmo

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arrepia-me sobe-me uma raiva o centro histórico da cidade a zona mais castiça de Lagos enfiam-lhe isto e ainda nem é nada eu irei mostrando consta que subirá mais um nico aguardo ansiosa a ver subir a coisa um horror gritante que nem uma persiana se possa mudar sem que autorizem e nem mudar volumes e frontarias expliquem-me quem autoriza estes monos? que raio passa na cabeça desta gente? quem ganha com isto? dizem-me?!

ora vejam como

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aqui vêem outros olhos

... estes gajos não se entendem nem à paulada, vou passear!

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E ra dia de escola, mas por qualquer razão rara deixaram-me preguiçar na cama (tal como hoje gosto de dormir de manhã), fiquei grato, todavia estranhei o sossego, a minha avó que me pregava sermões por eu dormitar mais do que a conta, estava lidando pela casa numa aflitiva bonança. Deixou-me curioso; fui averiguar, desci as escadas com muito cuidadinho, avizinhava-se um berro, claro. Lá estava a velha, espantosamente serena, não disse nada, – hoje tenho esta imagem como prova que a revolução foi pacífica – estava atenta ao rádio: tocava uma música estranha. Talvez fosse feriado, ou estava maluca. Perguntei se tinha de ir à escola, fui informado que não havia escola: tinha havido uma revolução, andavam aos tiros em Lisboa para derrubar o governo, tudo dito com um ar de alegria. Estava maluca de certeza: dias antes, contara-me com ar de orgulho que, quando de um atentado à bomba contra um tal de Salazar falhou, ela tinha ido de um lado a outro de Lisboa a pé em peregrinação, para entrega

Lagos

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Lagos é uma dobra do Paraíso que Deus deixou a descoberto para a gente se tentar.

o homem do عربية

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Ando tão triste! Tão preocupada! Nem faço a Avenida como é meu costume desde de cá de cima até ao Pau-da-Bandeira lançada Não saio do Hospital-Velho, Cerro-das-Mós lá ando... desço pelo outro lado páro na levadiça e fico olhando de longe… (Vai dando para ir ao pão, ao peixe ao correio e ao banco na Ameijeira, claro! O que não tenho é ido à Praia-da-Batata) Mas eu não posso, não aguento… Pensar nele ali abandonado sem ver o rio, nem máquinas fotográficas nem ver os camones… O Gonçalo Santo, está lá mais adiante saíu debaixo do Arco mesmo a tempo Agora o Gil… coitado!! Como estará ele? Não pensam nisso os meus conterrâneos?! Com este calor e o Gil sem ver o mar sequer... despojado o pobre da razão de viver... Tenho tanta pena! Dá-me cá um desgosto! Um dia destes encho-me de coragem Desço a avenida e vou ter com ele Levo-lhe um garrafão mato-lhe a sede Aproveito e convido um senhor das obras ele faz de camone e eu tiro-lhes umas fotos Pobrezinho do Gil vai ficar satisfeito.

Leituras no pós - 25 de Abril -

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Num diálogo inovador, ou próximo da língua falada, narra-se um país; a finança intestinal e memorável do mundo político-empresarial português. “Tudo Bons Rapazes” é uma obra de ficção (podia não o ser), só possível de editar no pós 25 de Abril , mas é intemporal, e talvez possa adiantar, universal. J. Pinto Sancho, Natural de Lagos, tem um percurso ligado ao ensino universitário e empresarial, andou pelas cadeiras do poder como secretário de estado, o que faz, com que nesta obra a diegese seja paritária com a realidade não ficcional. Julgo eu? Foi-me, em boa hora, cedido este livro… “Olha, toma lá, foi escrito por um sujeito cá da terra. Acho que vais gostar”. - Delicioso, e de algum modo triste, foi arrebatador o rencontro com todos os "malandros" que vivem neste livro... Recomendo.

o contrato

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Contrato, contrato Contrato faremos Sábado de Aleluia, desmancharemos Domingo de Páscoa, pagaremos Era assim de dedos mindinhos entrelaçados, mal se entrava na Quaresma E em cada dia seguinte ao contrato, o gritado “ ajoelha-te” que fazia flexionar o nosso ou o joelho do outro Dias e dias até ao amanhecer do Sábado de Aleluia Um sábado sempre de sol Invariavelmente luminoso aquele chamar-nos ela bem cedinho: “Meninos vão desfazer o contrato” E ala que era ver quem mais apanhava surpreso o companheiro de contrato e lhe atirava certeiro de detrás de um vão porta: "ajoelha-te e paga-me" E no raiar de Domingo ressuscitavam as "pagas": Uma meia dúzia de amêndoas coloridas num embrulhinho de celofane Um folar dos pequeninos ( feito de propósito para o caso) Um pacotinho de "amêndoas de pinhão" (tudo conforme o acordado que se havia queixas, rolavam no empedrado, ou que mais certo no pó do terreiro, os fatos estreados) e os sorrisos e a ga

ele há com cada uma!!!

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apareceu ali espetada num dia de temporal muito erecta, mesmo em cima daquele preciso telhado alguém me sabe dizer qual é a finalidade?! desde então, tenho a TV com tremuras no sinal estará a coisa ali posta para o bem ou para o mal?! Isto que vos descrevo está aqui no Chinicato mas cuido que se vê bem mesmo daí da cidade Será que é uma escultura em prol da comunidade?!

olhares sobre a nossa cidade

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uma forma de olhar uma forma de ver somente mas sente o que nos toca cada momento e a gente esquece fotos de AQUI

a ponte

A ponte ficava lá tão longe tão longe que deixava a perder de vista o jardim dos amuados e a câmara banhada só de um lado e a praça do peixe molhando os pés da Bacelísia da batata doce A ponte era enorme e tinha um arco que fazia sombra sobre a água transparente da ribeira que lhe corria mansa por debaixo A ribeira corria ali desapertada de caniços e laranjais e hortas, em direcção ao mar (em direcção à água salgada onde depois a afogaram e confundiram um dia esventraram a ribeira…) A ponte era enorme e desaguava (que as pontes têm o direito a tal como qualquer água) no largo da estação atafulhado do cheiro das águas e do lodo e do madeiro dos barcos e das tintas que sarapintavam uma Isabel Maria ou um Deus te Guarde que nem sei se os houve, mas calhavam nomes desses nos botes que eram semelhantes ao que levava a gente ribeira acima até ao lugar que o meu pai dizia “ amanhã vamos à Azenha” A Azenha era sítio de moer e local de partir o folar Mas o que eu dizia era da ponte

PONTE E ESTAÇÃO DA C.P. DE LAGOS

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ANTES DA CONSTRUÇÃO DA AVENIDA DOS DESCOBRIMENTOS

...

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Que nenhuma estrela queime o teu perfil Que nenhum deus se lembre do teu nome Que nem o vento passe onde tu passas. Para ti criarei um dia puro Livre como o vento e repetido Como o florir das ondas ordenadas. poema:Sophia de Mello Breyner Andresen foto: mcorreia

Nossa Senhora da Piedade

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já nem o marco existe uma onda mais um esboroar no dia certo caíu deixou de ver-se o local onde em romaria rezava o povo na ermida a Senhora da Piedade assim chamada ficou desalojada Tem lugar cativo na Igreja a minha a que me deitou água de Baptismo a de Santa Maria

Praia de S. Roque

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Esta terra é linda de qualquer ângulo, a cores ou preto e branco, com muitos bites, baites ou bitaites. Esta terra é um espanto. Às vezes, muitas, olho-a de longe, tento mirá-la como se chegasse, emigrante ou afastado em compras ou trabalho, ou mesmo viajante. E fico, de modo diverso do que é o dia a dia, extasiada: descubro-lhe nervuras, recantos, pregas escondidas bem cheirosas, um rosto, uma luminosidade que não tinha visto, um chão que não tinha sentado: húmido de maresia ou quente do sol ao fim da tarde. Mas onde ando eu apenas para dizer que estava farta de sopa?!... era apenas isto o que queria ter escrito: Farta de sopa, inda mais de nenúfares, vi-me compelida e colocar neste espaço algo bonito .

nostalgia

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foto by: Francisco Castelo A minha terra é branca Branca do sol e das casas Branca de muita cor A minha terra tem o mar e as canastras de peixe e as gaivotas dançando e muito céu azul e brilho de luar A minha terra e o mar Mar mansinho Mar de borrifos Mar azul verdinho Um mar que lambe a areia devagarinho a minha terra amando sorrindo sem pudor. Na minha terra há uma praia uma praia grande um tapete de areia branca uma poeira de estrelas derramada ali por algum anjo. Se passares ao fim da tarde quando o sol se esconde quando ele matiza a duna à hora dos talheres soando nas casas da cidade nesse intervalo que nem tempo tem em que o ar cheira a salgado respirarás os raios de sol os que sobram os que ainda fazem azul o mar pisarás na areia na maré-vasa, o sal pelo mar deixado na maré-alta, o morno de sol acumulado. A minha terra começará a piscar luzinhas a cumprimentar-te. A minha terra é branca Tem uma praia feita de pó de estrelas É nessa praia que o mar se aconchega É nela q

Ohhh Lagos

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Ohhh....iiinck... Lagos da luz...azul da luz... amareeeeeeela reverberada no casario branquinho, às cores... ohhh... iiinck!!! Lagos dos turistas de calção vagarosos a quem apetece é dar um encontrão nas ruas lindas, floridas Lagos... e não Portimão lojas enfeitadas chinesas umas as outras fechadas restaurantes de odores mil o hindu, o indonésio e o tamil Lagos de Março e de Abril com animais à solta lindos mansos esfomeados...Ohhh...iiinck!!! Lagos... dos afilhados Eu só gosto de Lagos... ... profundos, profundos.