GAIVOTA À TIO ABILIO
O TIO ABÍLIO foi empregado do Esperança no Parque da Trindade.
Dizia que fazia a marcação do campo em colaboração com as gaivotas, à sua maneira ele fazia com a cal liquida que saia do buraco do regador.
Dizia-se que as comia no prato, quando lhe perguntavam se sabia a carne ou a peixe respondia: se comida devagar sabe a peixe se comida à pressa sabe a carne ( ou vice versa).
Aqui está uma boa ideia para enfrentar duas questões: a da sobrepopulação dessas aves que agora marcam os automóveis e as pessoas, e a da crise que não abranda e que chegará a pontos, segundo os pessimistas, ainda piores.
Jorge Rocha, o artista plástico que trabalhou no Centro Cultural e que deixou o trabalho precisamente por causa das gaivotas que o perseguiam, vai fazer uma performance culinária para a qual já me inscrevi, as inscrições são até 28.
Vou tentar convencê-lo a criar um prato intitulado Gaivota à Tio Abílio.
(a poetisa brasileira DESNUDA - ver comentários ao video de Francisco Lumière- inspirou-me umas variações sobre um poema de Nicolau Tolentino que assim começa "chaves na mão melena desgrenhada batendo o pé no chão a mãe ordena...", que espero colocar amanhã domingo).
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