recantos de Lagos X

aconteceu procissão no Domingo de Ramos e eu não via disso por aqui faz tempos
tradição que me apraz
será para muitos renovação de fé

 A Igreja de S. Sebastião toda engalanada


pena que em vez de cânticos nas vozes dos fiéis, fosse aquela gravação ainda mais repetindo-se, repetindo-se no curto espaço em que fiquei acompanhando

Comentários

francisco disse…
«no curto espaço em que fiquei acompanhando» é brasileiro de rua ou é liberdade de escritora? Já não se usa "no curto espaço em que acompanhei"?

méééé...
Fiéis por ventura estariam constipados, talvez consequência deste tempo terrível; se não há que relembra-lhes que, a fé tem como substância o Fe e o flogístico.
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria de Fátima disse…
é o meu modo jerúndico de dizer, e de o fazer escrevendo
perdoe, francisco se ofendo o seu escrever regrado - o seu português! mas eu não sei outro que aquele que é falado e escrito um pouco aqui como em muito outro local do mundo!
e no entanto ainda lhe digo que as duas formas verbais que justapõe como apenas usos de linguajares diversos,ou me indaga como liberdades que nem comento, eu entendo diversas em si mesmas. Repare que dizer " no curto espaço em que acompanhei" e dizer "no curto espaço em que fiquei acompanhando" são modos bem diferentes e traduzem situações diversas: esta forma dá do verbo um modo mais cadenciado:"ficar acompanhando" e "acompanhar" traduzem situações distintas é diferente dizer um e dizer o outro...
"acompanhei" e "fiquei acompanhando" mostram modos diferentes de ter estado lá...
Seder do Pessach disse…
Isso Valquiria mostre a eles que nós não é uma cambada de mestiços ignorante da colónia portuguesa...
francisco disse…
Engraçado como os brasileiros ignorantes se picam quando se refere o "brasileiro de rua", enfiam a carapuça? Brasileiros instruídos e cultos não enfiam essa carapuça porque sabem do que estou a falar. Infelizmente todos caminhamos para esse linguajar merdoso, não só pela influência repetida e esmagadora das telenovelas brasileiras mas agora com a ajuda do Acordo Ortográfico.
Há, no Brasil, quem fale correctamente português – não me refiro ao português europeu, refiro-me à aplicação da norma brasileira para a língua portuguesa. As alterações que o Acordo Ortográfico veio trazer carregam mais influências da linguagem coloquial do português brasileiro do que da norma e da linguagem correcta. Eis a tragédia para nós, tontos, que nem sabemos proteger a nossa língua.

Só países dirigidos por gente imbecil estabelecem um acordo tão estúpido. Os Espanhóis fizeram-nos alguma vez com as dezenas de países que falam castelhano? Os ingleses fizeram-no com os americanos? E os franceses estabeleceram algum acordo ortográfico com os restantes países francófonos?
francisco disse…
"Os espanhóis fizeram-no..."
francisco disse…
Não amola Valquíria. Pára de insistir com esses comentários imbecis. Volta pr'á roça, vai!

:p
francisco disse…
exemplo de brasileiro ignorante, aquele que escreve: "...nós não é uma cambada de mestiços ignorante..."

exemplo de brasileiro instruído e culto: «No Rio Grande do Sul (Brasil), a Assembleia Legislativa deste estado federal aprovou um projecto de lei que obriga a traduzir expressões estrangeiras para português «em todo o documento, material informativo, propaganda, publicidade ou meio de comunicação através da palavra escrita […] sempre que houver em nosso idioma palavra ou expressão equivalente». Trata-se de uma iniciativa do deputado Raul Carrión, que declarou: «Vocábulos estrangeiros enriquecem um idioma, mas o que vemos hoje são palavras consolidadas sendo substituídas por modismos, macaquices e papagaiadas de gente que despreza o português e se sente melhor usando o inglês, sem às vezes nem saber pronunciar.»
retirado de http://ciberduvidas.sapo.pt/aberturas.php?id=1201
francisco disse…
Ilustríssima e caríssima professora Fátima, se quer defender o uso desse modo jerúndico (não será gerúndico?), como norma, deverá considerar a diferença entre a utilização do gerúndio e a moda do gerundismo. Na opinião de quem sabe de norma, e desta vez vou citar uma linguista brasileira, a professora Ladanir Millack: “… o gerundismo é “simplesmente desnecessário”, diferente do gerúndio, um tempo verbal que todos precisam usar de vez em quando”.
Agora é só descobrir as diferenças… hehehehehe

Claro que evocar e praticar a liberdade de criar formas de escrita, ou a liberdade para adoptar quaisquer outras formas, fora da norma, permanece um direito inalienável para quem escreve. Nisso, sou inflexível. Portanto, convém não levar a sério quem se diverte a provocar, como é hábito.

PS: - e que raio é isso “… não via disso por aqui faz tempos…”? outra vez linguagem de rua, mas agora de rua portuguesa?!

;p
Maria de Fátima disse…
mas que raio de aversão ao coloquial, ao falar de rua como lhe chamas...
gerúndio sim com g
pecado grave esse de que me envergonho
mas terás razão, sim
faz tempo
há que tempos
talvez...
o híbrido que ali deixei é xoxo, sim...
francisco disse…
"o híbrido que ali deixei é xoxo", que frase magnífica, posso usá-la, posso?

Corrigida, claro, porque escreve-se "chocho". Mas é uma frase brutal.

;D
francisco disse…
Já usei:
http://poemasemazeite.blogspot.com/2011/05/um-ser-que-devia-ser.html

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