foto F. Castelo
                                                                                               

                                                                                                    historicamente

diz o meu amigo, ficarei marcado por duas decisões que não ousei tomar: poderia ter dado à ponte Vasco da Gama o nome 25 de Abril e devolvido à outra o seu nome de origem, Salazar. se com esta  análise até posso concordar já com a outra discordo totalmente: aproveitar-me do facto de não haver sessão solene na AR sobre o 25 de Abril para, definitivamente, deixa-lo cair no olvido? seria um grande erro! repare: enquanto o povo pensar que houve uma revolução naquele dia, subentende que  a revolução continua e fica quieto. foi o mesmo que se passou com o meu "sobressalto cívico". caiu o governo, o pessoal ficou contente e não foi mais além. chama-se a isto despoletar a bomba, como diria o meu ajudante de campo, aquele senhor general que vai sempre na minha comitiva de mãos atrás das costas.
Mas o Senhor - não tome esta forma de tratamento como um distanciamento, bem pelo contrário, é um sinal de respeito - que tal como eu, não aprecia muito aquelas revoluções em que o povo não é senão um objecto manipulável (e terá havido alguma vez alguma que não tenha sido senão isso?) , está decerto muito atento a esta grande revolução que está diante dos nossos olhos, que vai implicar  uma grande transformação civilizacional. Não será ainda o que todos desejamos mas muita coisa se aproximará daquele lugar em que este homem muito se tornará naquilo que poderá ser O Homem. 
                                                                                                            

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