Recantos de Lagos III
a todos um BOM ANO
aos que, ao menos de vez em quando, espreitam este blog onde os seus autores amam tanto Lagos que se abstêm de análises socio-político-culturais, que esta é uma cidade sensível a vozes que não sejam as que lhe moram, fantasmagóricas, na sua História
digo eu, aventando que seja assim com os restantes autores neste blog, e se não for, eles o dirão
eu por mim tenho o empenho de em 2011, se me deixarem os administradores, continuar estes recantos da nossa cidade, mais fotografias que palavras
e para que dê sorte, aqui ficam, no primeiro dia do ano, mais umas fotos
e para que dê sorte, aqui ficam, no primeiro dia do ano, mais umas fotos
coisas triviais, mas que esquecemos ou nem as vemos a passar por elas - olhares meus, é evidente
que me perdoem estas serem fotos de qualidade pobre, mas na ocasião só tinha o telemóvel, ao que acresce, eu ser uma fotógrafa fracota e sem jeito ou saber para tratar as mesmas
Comentários
Eu gosto dos "Recantos da Nossa Cidade" e acho que, dos todos nossos blogues, este é o indicado para apresentar este tipo de conteúdos. Obviamente, cada autor é responsável pelo que escreve.
Reitero que a natureza da função dos "administradores" se prende, fundamentalmente, com a resolução dos problemas técnicos e layout do blogue. E que a única obrigação em matéria de conteúdos é a de que os mesmos se refiram à nossa cidade e ou às suas gentes.
BOM ANO, amigos.
a terra, que sempre usou de muita habilidade em conservar segredos e ignorar acontecimentos e pensamentos, ignorou completamente a casa ardida à esquina a seguir à outra esquina onde funcionaram os correios e onde agora abre as portas uma loja oriental.
foi por avançado crepúsculo outonal que o homem, de vincados traços fisionómicos orientais, chegou às portas de portugal e, aguardando a noite feita, percorreu um memorizado trajecto incluindo a rua da zorra - rebatizada por leonardo machado que lhe substituiu o z por p - lendo os seus sentidos em tudo - o cheiro a mijo o pessimismo larvar das paredes o abandono das ruas - a normalidade. até no escarado estendido na valeta agitando e atropelando palavras, cuja presença tanto poderia assegurá-lo da inocência como da perigosidade do local e do momento. infelizmente para ele, leram eles a primeira e acabou em cinzas sob os escombros do incêndio que apenas deixaria de pé as paredes exteriores da casa. os anos que assim se conservou, servindo diurnamnete de brincadeira para crianças e noturnamente de coito para mulheres baratas e homens pagando serviços a préadolescentes e a insatisfeitos
homens casados, poderiam parecer pouco favoráveis a outras misteriosas visitas, porém, elas nunca se deixaram de realizar, crepusculamente e escrupulosamente outonais.
será uma coincidência a presença na outra esquina da loja oriental?
E o "oriental" está confuso, mas será minha a dificuldade...
com é a cidade.
Desde logo faz com que gente geralmente atenta a tudo quanto seja (ou tenha sido)
la "petite histoire" da cidade, não se perca!
Está neste caso o Deodato que até recorda o dia em que o Leonardo Machado
trocou o z por um p, na rua onde
durante anos, pontificou o Zé Domingos!
E a senhora Adozinda que tinha um galo que suscitou um ópera ao impagável João Dias!
Bom ano para ti.
calado, até foi contigo que aprendi essa parte do leonardo machado, assim como da ópera do joão dias. e estamos à espera de quê para levar ao palco uma reconstituição da obra, mesmo que não conheças a partitura conheces o tema e com ele um músico pode fazer variações sobre a ópera de joão dias. que dificuldades ? nenhumas.
o correio conheci, sim
mas na outra esquina onde está uma loja de electrodomésticos...nessa, não vejo como era...
eu morei na primeira parte da rua da oliveira e andei na escola por cima da adega do pincarilho :)