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A mostrar mensagens de abril, 2009

ora vejam como

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aqui vêem outros olhos

dos leitores... no dia mundial do livro

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Já que estamos numa de nostalgia – que é nisso que nós somos bons – deixem-me recordar um lacobrigense, partindo da sua foto que me chegou às mãos recentemente. José Pereira Ribeiro (1919 - 2005) era Funcionário da Câmara Municipal de Lagos – quem não se lembra dele a questionar os sinais de trânsito para emissão da licença de condução de velocípedes e ciclomotores?! O Sr. Ribeiro, assim conhecido por todos, ocupava as suas horas livres na Biblioteca Gulbenkian, onde nos atendia solicitamente. Foi ele que me deu a conhecer as aventuras de Hornblower, do escritor britânico Cecil Scott Forester (1899 - 1966), que fizeram as delícias da minha juventude. Essa epopeia do marinheiro inglês marcou-me como “leitor de maresias”, confirmando a atenção que as “20.000 Léguas Submarinas” de Júlio Verne já tinham despertado. A partir daí percorri os sete mares da literatura de viagens, especialmente se incluía veleiros; dos navegadores solitários de Jean Merrien aos infortúnios da História Trágico-M

... estes gajos não se entendem nem à paulada, vou passear!

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E ra dia de escola, mas por qualquer razão rara deixaram-me preguiçar na cama (tal como hoje gosto de dormir de manhã), fiquei grato, todavia estranhei o sossego, a minha avó que me pregava sermões por eu dormitar mais do que a conta, estava lidando pela casa numa aflitiva bonança. Deixou-me curioso; fui averiguar, desci as escadas com muito cuidadinho, avizinhava-se um berro, claro. Lá estava a velha, espantosamente serena, não disse nada, – hoje tenho esta imagem como prova que a revolução foi pacífica – estava atenta ao rádio: tocava uma música estranha. Talvez fosse feriado, ou estava maluca. Perguntei se tinha de ir à escola, fui informado que não havia escola: tinha havido uma revolução, andavam aos tiros em Lisboa para derrubar o governo, tudo dito com um ar de alegria. Estava maluca de certeza: dias antes, contara-me com ar de orgulho que, quando de um atentado à bomba contra um tal de Salazar falhou, ela tinha ido de um lado a outro de Lisboa a pé em peregrinação, para entrega

QUADROS DUMA EXPOSIÇÃO

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PAREDES VELHAS Clicar na imagem para melhor ler o poema. Para a exposição - " A Imagem, a Cor e a Palavra, em Lagos Ontem "

sonhei uma vela

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Sonhei uma vela Na extensa baía Para lá da janela Sonhei que partia E o vento sopra tanto Impele-me a partir Desejando o horizonte Querendo, apenas, ir No sonho de navegar Venço a adversidade Parto, sem esperar Deixando a cidade Vou no barco à vela Que me faz acreditar Que no fim da viagem Outro sonho irei tocar No mar azul ondulante Vai a branca vela içada Que em mim navegando Não pode ser afundada Vogando em mar aberto Entre o barco e o céu Dou o sonho por certo Toco, afinal, o sonho teu Este imaginário barco É um desejo que solto Só não sei quando parto Nem sequer quando volto.

ao amanhecer

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Na neblina viscosa e húmida vejo o fantasma de um barco caravela de muitas descobertas perdida na vastidão das águas ao amanhecer. Num momento de contemplação observo-a voando em linha recta Linha imaginada no centro do rio ao amanhecer. Nessa hora ainda difusa e húmida que em mim traduz a solidão observo a gaivota que voa e ela prende-me com um laço ao céu, ao rio, à memória de ti outrora ancorada no meu ser ao amanhecer. .

Lagos anteontem

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Neste terreno em primeiro plano, se situou a Igreja de Santa Maria da Graça, onde foi sepultado o Infante D. Henrique. A Igreja foi totalmente destruída pelo terramoto de 1755. (clicar nas fotos para ampliar)