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A mostrar mensagens de janeiro, 2008

amendoeira

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Já são muito menos, é certo, mas são lindas as maganas!...

Alzira

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Uma pequena lembrança para quem acabou por ser fundamental nos últimos momentos da vida do Chico Palmeira; coisa pouca, se pensará! Mas um prato de sopa quente, uma ajuda de mão dada para chegar à esquina da rua, ou o atar dos cordões dos sapatos era o que lhe fazia, diariamente, a vizinha Alzira. Que os vizinhos, às vezes, até que são destas coisas! Aqui a temos, nos seus bons e velhos tempos, posando da janela da futura mercearia! Nesta altura (diz-se lá pela "Aldeia"), dedicava-se a ensinar pontarelos de costura a umas quantas raparigas... Mas já ninguém pode confirmar quantas bainhas de calças foram medidas e costuradas! Usou sempre colares brilhantes e vistosos. Os lábios, em vermelho vivo. Hoje, não sei quem lhe dá, a ela, o prato da sopa; quem a passeia até à esquina ou quem lhe pinta os lábios da cor que mais gostou. Vive algures num lar da cidade, rondando os 90 e picos...

“Pépinho és tu, tabrão!!!”

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Assim respondia na sua fala entaramelada, de quem nunca aprendeu letras nem o ralidades discursivas cuidadas, aos que o invectivavam, chamando-lhe Pepinho. Por vezes, mais irado, chegava a arremessar o cajado, sobretudo aos moços que o achincalhavam. Mas isso era quando se metiam com ele porque, normalmente, o seu discurso abria pacificamente com a pedincha: “Uma moedinha... uma moedinha, amigo...”; assim pedia o Francisco Palmeira aos conhecidos e aos forasteiros. Fez parte da vivência e do imaginário daqueles que habitaram perto dele ou dos que com ele se cruzavam quotidianamente nas ruas da cidade. Habitava numa pequena casa no cimo da Rua António Crisógono dos Santos, vulgo Rua da Aldeia, quase em frente à Mercearia da “Martinha”. Tal como qualquer tolinho de aldeia, o Palmeira era alvo de inúmeras brincadeiras que tentavam explorar o seu reduzido discernimento. Certa vez, colocado perante o dilema do “tolinho da Aldeia”, que todos conhecerão certamente, e que descreve a opçã

a Cidade e o encoberto

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A Cidade fez 435 anos, e, também a visita de um Rei mancebo que por estes lados veraneava, e que atestou vontade de elevar a Vila de Lagos a Cidade. De facto, Lagos só foi confirmada como Cidade em 1579, seis anos depois de este Rei Imberbe, já defunto (diziam), ter-se andado a passear pelo Reino do Algarve. S abe-se lá por alma de quem este rapaz de ar amaricado (dizem) achou graça a este pedaço de terra, e exibiu vontade de a nomeia Cidade? -Talvez tenha sido a única coisa que este Palerma fez que valeu algum mérito. E l-Rei D. Sebastião, um débil e fraco de espírito, era primo dele próprio, foi educado por criaturas que usarão saias tanto do género masculino como feminino, nomeadamente, a sua avó (dizem que os moços educados pelos avós saem malucos e aqui está a prova), o seu tio o cardeal D. Henrique (e seu sucessor) e uma cambada de hipócritas que se davam pelo nome de jesuítas; todos estes mafarricos se aproveitaram da ingenuidade e da palermice que a consanguinidade provoc

Vaselísia

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Um dia foi menina Teve pai e mãe e nasceu "mental" Morreu criança

a ponte

A ponte ficava lá tão longe tão longe que deixava a perder de vista o jardim dos amuados e a câmara banhada só de um lado e a praça do peixe molhando os pés da Bacelísia da batata doce A ponte era enorme e tinha um arco que fazia sombra sobre a água transparente da ribeira que lhe corria mansa por debaixo A ribeira corria ali desapertada de caniços e laranjais e hortas, em direcção ao mar (em direcção à água salgada onde depois a afogaram e confundiram um dia esventraram a ribeira…) A ponte era enorme e desaguava (que as pontes têm o direito a tal como qualquer água) no largo da estação atafulhado do cheiro das águas e do lodo e do madeiro dos barcos e das tintas que sarapintavam uma Isabel Maria ou um Deus te Guarde que nem sei se os houve, mas calhavam nomes desses nos botes que eram semelhantes ao que levava a gente ribeira acima até ao lugar que o meu pai dizia “ amanhã vamos à Azenha” A Azenha era sítio de moer e local de partir o folar Mas o que eu dizia era da ponte

A Ermida de Nossa Senhora dos Aflitos

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São Pedro, o Pulgão e os Aflitos por: José Carlos Vasques Localizada próximo da estrada para Portimão e do sapal da Ribeira de Bensafrim e não longe do Molião, ergue-se uma pequena ermida de culto católico. A sua construção, segundo se presume, é muito antiga e surpreende nesse local isolado e, aparentemente, sem razões que a justifiquem. Porém, não é bem assim e, posto que para tudo existe uma razão, vamos passar a explicar. Há longos anos teriam existido naquela área algumas villae romanas conforme atestam os vestígios de construções dispersas por um vasto campo arqueológico, já em parte estudado mas, com muito ainda por pesquisar em terreno, hoje, em fase de urbanização. A ermida, segundo se pensa, e diz, teria sido construída no local duma antiga construção romana pois parece ter havido aproveitamento de materiais dessa e doutras construções que aí existiram. É quase uma regra que os locais outrora ocupados por civilizações da antiguidade assistam, ao longo dos tempos, à suces

The Lagos Castle e o ponto luminoso

uma visão subjectiva: da entrada numa abertura é de notar um ponto luminoso no meio do trajecto por entre a abertura - é S. G onçalo ou o : ponto luminoso de G

Porto-mós

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hoje, o por do sol, na praia do porto de mós

A visita de 1897

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Visita do Rei D. Carlos a Lagos Excerto do artigo “O Algarve em seis dias”, de Lorjó Tavares Publicado no Semanário Ilustrado “ BRANCO E NEGRO” em 31 de Outubro de 1897 (…) «Lagos fica aquém do promontório que avança pelo mar dentro e que forma a parte saliente da baia. Constantemente batida dos ventos do quadrante Sul, a cidade volta-se ao nascente, dominando de alto a vasta baia, uma das mais belas que conheço, e que pela sua situação oferece abrigo seguro a navios de alto bordo quando sopra rijo temporal das bandas do poente. Os poucos minutos decorridos nesse dia entre o largar ferro e o largar para terra foram insuficientes para se admirar a beleza desse panorama. È que a terra em festa chamava a atenção de todos. Veja-se a primeira estampa a far-se-á ideia do aspecto da praia. Á falta de terra firme para um arco de triunfo, a população marítima empavezou todos os barcos de pesca, grandes e pequenos, e formou-os em duas alas à laia de arruamento. Fez-se ass

Hoje, o dia alvorou reluzente e plácido

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porto de pesca 8:35

Objecto quase insólito lá do fundo do baú

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e-pá clica na imagem para veres como Lagos era no Cretáceo ...

Hoje, o Sol voltou com neblina nas baixas

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8:30 no Chinicato

Portugal...

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" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...) Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a i

A Pesca do Atum e de Outros Peixes na Costa Barlaventina

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A Pesca do Atum e de Outros Peixes na Costa Barlaventina - Almadravas e Acedáres - Com o passar dos anos vai ficando esquecida essa importante actividade que foi a pesca do atum e da sardinha no Barlavento do Algarve, nomeadamente de Lagos até ao Cabo de S. Vicente. A pescaria dos atunídeos no Algarve foi, sem dúvida, aquela que mais riqueza gerou, tanto para o Estado como para os que directamente a exploraram. Conta a História que em todo o Mediterrâneo o atum era pescado em grandes quantidades e também extraordinariamente apreciado a ponto de lhe atribuírem virtudes como alimento saudável. O certo é, que a importância deste peixe foi tal que os povos da antiguidade cunharam, ou melhor, bateram, moeda com a figura do peixe. (...) As almadravas, compostas por redes fixadas por pedras com furos (poitas), ao fundo marinho, eram redes com um compartimento onde o peixe ficava enclausurado, denominado saco, ou buxo. Os cercos de correr não deixaram na

Até à próxima!

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foto: J.

Turista de Inverno

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foto do João

Milhos

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A foto não é grande coisa, mas o conteúdo era excelente!

Obrigado

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Aqui fica o meu Obrigado pelo convite para fazer parte deste blogue. Desejo a todos do fundo do coração um Feliz 2008