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Uma aldeia na cidade
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francisco
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Uma aldeia na cidade É uma aldeia pequena Que nem limites tem Onde começa ou acaba Nem se percebe bem Rua da Aldeia, a principal E uma ou outra encostada Aqui descansa o pessoal Entre noitinha e alvorada A luz do Sol reflectida Pinta sombras da vida Da gente bela ou feia Que vive na alva aldeia Sendo operário ou pescador Um fabrica, o outro mareia Porém, não vive cá doutor Nas casinhas desta aldeia Uuii… apita a sirene urgente Num bramido de alvoroço É meio-dia, vem aí gente Correm lestos pró almoço A seguir chegam os do mar C’o balde enfiado no braço Trazem peixe pró jantar E prá enxerga, o cansaço Os outros vêm à tardinha Dando alpista ao canário Cá em casa isso é diário E igual em casa vizinha À noite toca o leiteiro É ciclista, é um atleta No campo dá leite a vaca Na aldeia, é a bicicleta E quando chega o Verão E na rua passam turistas À janela, nós, de espreitão Apreciamos bem as vistas
memórias de uma aldeia que nem foi
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Fátima Santos
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A aldeia é esse sossego feito de silêncios e salve-os Deus ditos a eito. Casas pequenas e bosques e rebanhos, e uma paz tão enorme que se desconfia não estará a preparar-se algum combate. E cuide-se, que mesmo na Aldeia há palavras difíceis de serem ditas de uns a outros. E que sejam bem vindos os que forem chegando.** Seriam onze horas, mais quarto, menos quarto, manhã clara, sol manhoso por detrás de nuvens cor de algodão em rama, e outras de um cinzento carregado. Prometia um dia fresco em dealbar de Outubro. Seria minha mãe quem me levava pela mão e atrás o meu pai. E iria por ali o menino que eles diziam ter vindo no bico da cegonha. Talvez viesse no carrinho, não me lembra. Íamos de passeio, e disso, eu lembro-me muito bem. Eu, tão pequenina, pedalando o meu triciclo. Levaria o rosto afogueado e nem hoje sei se para onde íamos era aldeia ou seria sítio, ou se nem seria um nem outro, que meus pais diziam, referindo: vamos à quinta da Senhora Ant
DIÁLOGOS E EXPOSIÇÃO, em Barão (rectificação)
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em defesa do crítico
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Fátima Santos
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De um leitor devidamente identificado, honorável figura da cidade de Lagos, velho e mui estimado amigo do assim referenciado no poema aqui publicado no passado dia 31 de Maio, como homem das artes , recebemos, via mail, o poema que a seguir se publica para que conste, pois que “ nem sempre, a crítica construtiva é recebida com serenidade”, como o tal amigo refere, antes de dar, em poema escorreito, a palavra ao bicho. E eu, com o devido consentimento, aqui deixo o poema e o correspondente mail. Deleite-se deles quem tiver disso a arte. “De como, nem sempre, a crítica construtiva é recebida com serenidade. Em defesa do crítico, aqui vai a explicação que me foi dada pelo próprio: Deixando o dono em longa cavaqueira com outro artista, no bar Atabai, com cuidado a arreata desatou e meteu patas, caminho acima, em passeata pela álea dos poetas. Sem tropeçar nas pedras dos poemas que, devagar, foi lendo, com agrado, chegando ao fim, meia
acto poético merdoso**
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Fátima Santos
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Andava o homem das artes passeando, aos seus maduros anos dando trato, a álea dos poetas visitando. Eis senão quando, Oh! céus! oh! gentes! com seus olhos de sonos e sonhos ainda mal despertos, vislumbra um copioso, enorme, negro, cagalhão. De égua, cavalo ou outro equídeo, era uma bola enorme ali assente. Deuses! sacrilégio! defecara o animal na pedra lisa a mesma onde o poeta deixou verso. Vociferando aos céus, aplaca ódios, e socorrendo-se de lixo hediondo ali espalhado porcos sereis! - vai resmungando, e a vergar-se a esses miseráveis visitantes, saco de plástico em riste, cruzes! credo! saca de cima do poema aquelas fezes. E denodado servidor da Natureza, democrata exímio e fervoroso, reparte a poita em iguais partes, um pedaço de merda a cada…árvore! ** assim chamou o homem das artes ao seu evento fotos de Maria de Fátima tratadas por Fran
Feira de Barão de S. João
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Mena G
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4º Domingo de cada mês , até hoje. Recebido por mail: " Eram muitos operacionais, vindos de longe em carros, jipes e carrinhas. Aplicaram dezenas de coimas, por “crimes” diversos: estar estacionado na beira da estrada, não ter licença de vendedor ambulante, ter licença de feirante mas não estar num local destinado a feiras ou não ter as condições consideradas adequadas para a confeção ou venda de alimentos. As coimas eram redigidas, impressas e cobradas numa carrinha-escritório, que até tinha aparelho para pagamento com cartão multibanco. Foram milhares de euros arrecadados em pouco tempo: 12,47€ por ter um pano no chão com roupa usada sem licença de vendedor ambulante, 60€ por estar estacionado na berma da estrada ou caminho rural, ou mesmo 125€ por não ter o selo do seguro do carro colado no vidro..." (Que razões legais justifiquem o uso das esporas. E que o cavalo tenha ficado bem estacionado.) .
Festival dos Descobrimentos
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francisco
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Entre os dias 26 de abril e 05 de maio, Lagos convida os visitantes a regressar ao século XVI e ao período que marca a passagem de El-Rei D. Sebastião por Lagos e pelo Algarve. A entrada régia, a saudação e leitura da carta de elevação de Lagos a cidade, assim como a partida da armada e o ambiente das tropas em presença no campo de batalha de Alcácer Quibir, serão alguns dos temas a explorar ao longo do Festival.
bàrlaventzç
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. Barlaventos . Poucos são os que vêm ao Algarve, que não queiram ver de seus próprios olhos, onde, aparentemente, tudo terá começado, no que respeita à grande balbúrdia das " muitas e variegadas gentes " que hoje se atropelam por essa Europa fora. E foi assim que, naquele princípio de tarde estival, em plena Avenida dos Descobrimentos, um carro parou junto a um nativo – um velho pescador daqueles que logo prendem a atenção pelas feições encarquilhadas, tostadas do sol e dos levantes (provavelmente já sem barco… tramado pela referida balbúrdia que vai pelas europas). O condutor simplesmente perguntou: – Sàgrez... Sàgrez?... O bom do marítimo, chegando-se mais ao carro, repetiu, dizendo: – Sagres?... – não fora ele ter entendido mal. Ele que nunca tampouco, tinha aprendido o que quer que fosse do celebrado inglês de praia. – Yes, Sàgrez – repetiu o estrangeiro. – Ná qu’ enganar! – apontou para a estrada e para as bandas de poente, levantando e baixando
um tema que merece atenção
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Fátima Santos
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decepadas
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Fátima Santos
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veja Cortaram um pedaço de Primavera na cidade de Lagos. O bairro 30 de Junho no Chinicato ficou mais pobre. Ficou mais pobre a nossa cidade. Cortaram árvores assim como mostra a foto. Será isto poda?! Será esta a época indicada?! O que eu vejo são árvores decepadas. E os jacarandás iriam florir já no mês que entra ou muito próximo... E nem foram os serviços camarários, e nem foram técnicos de flora ou agentes sanitários a decretar: corte-se, não se deixe um só ramo, faça-se de cada árvore apenas tronco. Não faria isso quem soubesse, quero acreditar! A decisão veio da direcção da cooperativa, veio de quem aqui vive, o que me espanta e dói ainda mais. Decisão que resulta no espectáculo que as fotos nem conseguem documentar, que não se documenta numa fotografia o que se sente a olhar aquelas pobres árvores reduzidas a troncos mutilados, impedidas de florir, quem sabe se apenas neste ano, aquelas árvores já com tanta idade...