Deodato Santos - Artista? Figurinista? Escultor?
“ Sou desmesuradamente exigente para com a arte: desejava que ela trouxesse uma resposta. Senão para uma pessoa pelo menos para a humanidade. Por isso nunca me atrevi a chamar-me artista: certa vez chamei-me figurinista, porque faço figuras, hoje nem isso ”. Perceber, à conversa, quem é o Deodato artista, não é fácil. Não só porque é sempre difícil reduzir a palavras simples a obra, o sentir e o pulsar daqueles que operam no universo das artes como é difícil interpretar a sua mensagem em linguagem corrente. E talvez deva ser assim, porque se fosse fácil esse diálogo e esse entendimento, ficaria desmobilizada a manifestação artística por desnecessária. No fim de contas, será mais clara e precisa a obra artística do que as palavras da entrevista. Da entrevista possível, com poucas perguntas e mais desafios, deixamos o excerto da digressão do autor ao sabor da sua plena liberdade. Deodato Santos veio cá parar “via nascimento”, em 1939, como ele próprio referiu, portanto é lacobrigense de
Comentários
E tinha três fábricas, vê tu bem: a do Paolo Cocco, lá ao fundo, depois do arco, a do Reinaldo, à esquerda, a começar onde acaba a foto, e mais acima, à direita, a do Chão Queimado, do Pimenta, sobranceira à praia da Batata.
...e descia para a lota, à direita, onde a foto acaba. Nessa esquina ficava a venda (a taberna) do Pascoal (julgo que comprador do Pimenta); e, do lado oposto, a fábrica do Reinaldo (que dantes fora da viúva do francês); e, ao lado da fábrica, a casa do peixe do João Gonçalves (das poucas ou a única que na época dispunha de frigoríficos e frabricava gelo para refrigerar o peixe grado enviado para Setúbal e para Lisboa.
Tantas caminhadas e correrias por essa viela estreita...
JMC.