acto poético merdoso**
Andava o homem das
artes passeando,
aos seus maduros anos
dando trato,
a álea dos poetas
visitando.
Eis senão quando,
Oh! céus! oh! gentes!
com seus olhos de
sonos e sonhos ainda mal despertos,
vislumbra um copioso,
enorme, negro, cagalhão.
De égua, cavalo ou
outro equídeo,
era uma bola
enorme ali assente.
Deuses! sacrilégio!
defecara o animal na
pedra lisa
a mesma onde o poeta
deixou verso.
Vociferando aos céus,
aplaca ódios,
e socorrendo-se de
lixo hediondo ali espalhado
porcos sereis! - vai
resmungando,
e a vergar-se a esses
miseráveis visitantes,
saco de plástico em
riste,
cruzes! credo!
saca de cima do poema
aquelas fezes.
E denodado servidor da
Natureza,
democrata exímio e
fervoroso,
reparte a poita em
iguais partes,
um pedaço de merda a cada…árvore!
** assim chamou o homem das artes ao seu evento
fotos de Maria de Fátima tratadas por Francisco Castelo
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