O FIGO
......... FIGOS :: LAMPOS ....................................................................................................... Aí está a época do figo! O figo! Esse, assim chamado fruto, filho da Ficus Carica , da família nobre das Moraceae . Na verdade, em termos botânicos, o figo é um receptáculo de flores, não propriamente um fruto, a que dão o nome de síncone. Dizem que já na Idade da Pedra eram apreciados e cultivados por cá, embora sejam originários da Mesopotâmia, Pérsia e zonas arábicas voltadas para o Mediterrâneo. A figueira, nesses tempos, era considerada uma árvore sagrada, talvez porque foi com folhas de figueira (abundantes na região), que Adão e Eva tapavam as suas vergonhas!... Eurico Veríssimo, um grande escritor brasileiro, comenta, a este respeito, que a fruta do Paraíso tinha de ser o figo, não a maçã, e que ao desobedecer a Deus, os fundadores da Humanidade, perderam o paraíso, mas ganharam a mortalidade e o sexo, e inauguraram a indústria do vestuário! Na reali...
Comentários
Quem lê personagens e histórias vive no mundo do faz de conta em lugar de construir ele mesmo as suas acções, viajar pelos seus espaços e tempos, em suma, ser ele mesmo personagem da sua própria vida no convívio com os que o rodeiam. A leitura é, pois, uma fuga, uma deserção, uma perdição. Poemas e historietas são recursos de egos presunçosos julgando-se produtores de importâncias. Leitores são idiotas consumistas de noções ocas.
A nossa liberdade é cerceada pela leitura. Lendo não se vive, logo, não se aprende. A verdadeira aprendizagem está nas actividades do quotidiano, não nas folhas inertes e bolorentas de um livro. Nunca vi que uma palavra fosse de mais nutritiva que um rojão. Os antigos nunca precisaram de livros. Liam nas estrelas, liam nos ventos, liam nas folhas das árvores, liam nas cores e nos sons da natureza. Bem dizia Fernando Pessoa que o “sol doira sem literatura” e que os livros eram meros “papéis pintados com tinta”. Mais juntava ele que “estudar é uma coisa em que está indistinta/ a distinção entre nada e coisa nenhuma”.
Sejamos activos e úteis.
Um ex-leitor
de todas as grandes empresas que têm tentado a transformação da realidade - cristianismo, marxismo, hitler, ben laden - alguma prescindiu da palavra escrita? cultivaram o absurdo porque elas próprias eram o absurdo. o absurdo é a única realidade, não fosse o centro das galáxias um buraco negro.