ABRIL DO NOSSO DESCONTENTAMENTO


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Por todas as razões o país afunda-se
pela míngua
pela sorte dos sem sorte
pela luz que se afoga ao fundo do tempo
pelo frio
pela velocidade com que os sedimentos
apenas se diluem na mágoa
pelas histórias repetida
da história
pelos números
pelas letras
pelo anti-ciclone dos açores
a arredar-nos dos restos do mundo
e principalmente por um ciclone numa seara verde
varrida pelo amarelo


Comentários

francisco disse…
o ciclone "alimpa" muita coisa.
Unknown disse…
Já tinha lido este poema no outro blog. Gostei muito dele.
Beijos!

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