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Numa aldeia do Algarve

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Numa aldeia do Algarve O Algarve não se circunscreve exclusivamente à orla costeira e suas praias. O Barrocal   (terra do barro e da cal) é uma faixa que atravessa longitudinalmente a província, entre a serra e o litoral. Geologicamente é um espaço reconhecível pelas elevações calcárias denominadas barrocos. Aqui, as vilas e as aldeias são salpicos brancos na paisagem ora verde ora castanha dos campos. No horizonte próximo perfilam-se os contrafortes da serra algarvia, a Oeste a Serra do Espinhaço de Cão e a Serra de Monchique, a Este a Serra do Caldeirão. Na vegetação autóctone predominam amendoeiras, figueiras, azinheiras, alfarrobeiras e arbustos como o zambujeiro e a murta. Nos vales prevalecem as culturas de regadio, particularmente os pomares de laranjeiras. A singularidade da sua formação geológica, das suas espécies vegetais e faunísticas, que condicionam o psicossomatismo dos seus habitantes, conferem a esta porção de território uma identidade própria. A aldeia

A DANÇA DAS DATAS, EM BARÃO

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Uma aldeia na cidade

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Uma aldeia na cidade É uma aldeia pequena Que nem limites tem Onde começa ou acaba Nem se percebe bem Rua da Aldeia, a principal E uma ou outra encostada Aqui descansa o pessoal Entre noitinha e alvorada A luz do Sol reflectida Pinta sombras da vida Da gente bela ou feia Que vive na alva aldeia Sendo operário ou pescador Um fabrica, o outro mareia Porém, não vive cá doutor Nas casinhas desta aldeia Uuii… apita a sirene urgente Num bramido de alvoroço É meio-dia, vem aí gente Correm lestos pró almoço A seguir chegam os do mar C’o balde enfiado no braço Trazem peixe pró jantar E prá enxerga, o cansaço Os outros vêm à tardinha Dando alpista ao canário Cá em casa isso é diário E igual em casa vizinha À noite toca o leiteiro É ciclista, é um atleta No campo dá leite a vaca Na aldeia, é a bicicleta E quando chega o Verão E na rua passam turistas À janela, nós, de espreitão Apreciamos bem as vistas

memórias de uma aldeia que nem foi

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A aldeia é esse sossego feito de silêncios e salve-os Deus ditos a eito. Casas pequenas e bosques e rebanhos, e uma paz tão enorme que se desconfia não estará a preparar-se algum combate. E cuide-se, que mesmo na Aldeia há palavras difíceis de serem ditas de uns a outros. E que sejam bem vindos os que forem chegando.**     Seriam onze horas, mais quarto, menos quarto, manhã clara, sol manhoso por detrás de nuvens cor de algodão em rama, e outras de um cinzento carregado. Prometia um dia fresco em dealbar de Outubro.      Seria minha mãe quem me levava pela mão e atrás o meu pai. E iria por ali o menino que eles diziam ter vindo no bico da cegonha.  Talvez viesse no carrinho, não me lembra.       Íamos de passeio, e disso, eu lembro-me muito bem. Eu, tão pequenina, pedalando o meu triciclo. Levaria o rosto afogueado e nem hoje sei se para onde íamos era aldeia ou seria sítio, ou se nem seria um nem outro, que meus pais diziam, referindo: vamos à quinta da Senhora Ant

DIÁLOGOS E EXPOSIÇÃO, em Barão (rectificação)

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A inauguração da II Apresentação de Escultura e Pintura, em Barão de São João, é no dia 22 (sábado próximo), às 19 horas, e os Diálogos Lidos, têm lugar, no mesmo dia, às 21,30 horas, no bar Atabai, na mesma localidade. 

em defesa do crítico

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        De um leitor devidamente identificado, honorável figura da cidade de Lagos, velho e mui estimado amigo do assim  referenciado no poema aqui publicado no passado dia 31 de Maio, como  homem das artes , recebemos, via mail, o poema que a seguir se publica para que conste, pois que “ nem sempre, a crítica construtiva é recebida com serenidade”,  como o tal amigo   refere, antes de dar, em poema escorreito, a palavra ao bicho.        E eu, com o devido consentimento, aqui deixo o poema e o correspondente mail.        Deleite-se deles quem tiver disso a arte. “De como, nem sempre, a crítica construtiva é recebida com serenidade. Em defesa do crítico, aqui vai a explicação que me foi dada pelo próprio: Deixando o dono em longa cavaqueira com outro artista, no bar Atabai, com cuidado a arreata desatou e meteu patas, caminho acima, em passeata pela álea dos poetas. Sem tropeçar nas pedras dos poemas que, devagar, foi lendo, com agrado, chegando ao fim, meia

acto poético merdoso**

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Andava o homem das artes passeando, aos seus maduros anos dando trato, a álea dos poetas visitando. Eis senão quando, Oh! céus! oh! gentes! com seus olhos de sonos e sonhos ainda mal despertos, vislumbra um copioso, enorme, negro, cagalhão. De égua, cavalo ou outro equídeo,  era uma  bola enorme ali assente. Deuses! sacrilégio! defecara o animal na pedra lisa  a mesma onde o poeta deixou verso. Vociferando aos céus, aplaca ódios, e socorrendo-se de lixo hediondo ali espalhado porcos sereis! - vai resmungando, e a vergar-se a esses miseráveis visitantes, saco de plástico em riste, cruzes! credo! saca de cima do poema aquelas fezes. E denodado servidor da Natureza, democrata exímio e fervoroso, reparte a poita em iguais partes, um pedaço de merda a cada…árvore! ** assim chamou   o homem das artes ao seu evento fotos de Maria de Fátima tratadas por Fran

BARÂO DE SÃO JOÃO, EM FOCO

  . Embora sem hora confirmada, a abertura da “ Exposição Artistas de Barão ”, terá lugar na tarde de Domingo, do próximo dia 23, de Junho, em Barão de São João. “ Os Diálogos de Barão ”, realizam-se no mesmo dia, às 21 horas, no bar Atabai, na mesma localidade.

CLUBE DE VELA DE LAGOS

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Chegou-me às mãos este documento  que também nos diz um pouco da História da Cidade.

DIÁLOGOS LIDOS

Já pensou numa noite diferente? . É já nesta terça-feira, dia 14 de Maio, pelas 21 horas, que se realiza a penúltima sessão  dos Diálogos Lidos , no bar ATABAI, em BARÃO DE SÃO JOÃO. ESPERAMOS POR SI!

HOMENAGEM A GARCIA LORCA

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Feira de Barão de S. João

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4º Domingo de cada mês , até hoje. Recebido por mail: " Eram muitos operacionais, vindos de longe em carros, jipes e carrinhas. Aplicaram dezenas de coimas, por “crimes” diversos: estar estacionado na beira da estrada, não ter licença de vendedor ambulante,  ter licença de feirante mas não estar num local destinado a feiras ou não ter as condições consideradas adequadas para a confeção ou venda de alimentos. As coimas eram redigidas, impressas e cobradas numa carrinha-escritório, que até tinha aparelho para pagamento com cartão multibanco. Foram milhares de euros arrecadados em pouco tempo: 12,47€ por ter um pano no chão com roupa usada sem licença de vendedor ambulante, 60€ por estar estacionado na berma da estrada ou caminho rural, ou mesmo 125€ por não ter o selo do seguro do carro colado no vidro..." (Que razões legais justifiquem o uso das esporas. E que o cavalo tenha ficado bem estacionado.) .

PRAÇA DA MÚSICA DE LAGOS

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Festival dos Descobrimentos

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Entre os dias 26 de abril e 05 de maio, Lagos convida os visitantes a regressar ao século XVI e ao período que marca a passagem de El-Rei D. Sebastião por Lagos e pelo Algarve. A entrada régia, a saudação e leitura da carta de elevação de Lagos a cidade, assim como a partida da armada e o ambiente das tropas em presença no campo de batalha de Alcácer Quibir, serão alguns dos temas a explorar ao longo do Festival.

bàrlaventzç

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. Barlaventos  . Poucos são os que vêm ao Algarve, que não queiram ver de seus próprios olhos, onde, aparentemente, tudo terá começado, no que respeita à grande balbúrdia das " muitas e variegadas gentes " que hoje se atropelam por essa Europa fora. E foi assim que, naquele princípio de tarde estival, em plena Avenida dos Descobrimentos, um carro parou junto a um nativo – um velho pescador daqueles que logo prendem a atenção pelas feições encarquilhadas, tostadas do sol e dos levantes (provavelmente já sem barco… tramado pela referida balbúrdia que vai pelas europas). O condutor simplesmente perguntou: – Sàgrez... Sàgrez?... O bom do marítimo, chegando-se mais ao carro, repetiu, dizendo: – Sagres?... – não fora ele ter entendido mal. Ele que nunca tampouco, tinha aprendido o que quer que fosse do celebrado inglês de praia. – Yes, Sàgrez – repetiu o estrangeiro. – Ná qu’ enganar! – apontou para a estrada e para as bandas de poente, levantando e baixando