COMANDANTE DEODATO

UMA ESCOLA EM LAGOS
QUE PODERÁ ASSISTIR PSICOLÓGICAMENTE
TODA A POPULAÇÃO MUNDIAL

Para a minha promoção a Comandante defendi a tese intitulada CORPO HUMANO A PRIMEIRA MÁQUINA DE GUERRA, em que defendia que todas as armas conhecidas desde os primórdios da humanidade até agora, eram extensões do corpo, inclusas, para além dos óbvios membros, todas as aberturas.

Vem logo ao pensamento o CANHÃO: uma abertura que proporciona, sob forte pressão, a projecção de um projéctil que, para além dos estragos no edificado provoca uma ensurdecedora e desmoralizadora compressão do ar, a que se juntam incomodidades respiratórias.

Neste tempo, em que conhecedores e especialistas não hesitam em designar como Guerra, assiste-se como era de esperar, ao aparecimento de novas armas. Entre elas toma relevante importância a BOCA.
Antes confinada aos preparativos, à espionagem, à contra-informação e desinformação, à guerra psicológica e ao lançamento da palavra de ordem para a abertura das hostilidades, o seu poder ofensivo no campo de batalha é tal, que leva a considerar-se hoje a probabilidade de açaimar toda a população.

Como é natural, e da lógica, tudo aquilo que é uma arma de ataque pode ser adaptada em defesa. E vice-versa.

Assim, a boca pode também ser utilizada para prestar apoio psicológico e entretenimento às populações atacadas, nova realidade exponenciada e exponenciável, já que a guerra não se confina a frentes de batalha localizadas, mas sobretudo aos centros nevrálgicos de concentração humana.

Esta dupla função não é novidade, já que ao cu há muito que lhe era reconhecida essa bifuncionalidade.  

Como julgam os civis que se distraiam e moralizavam os combatentes nas trincheiras, esfomeados encharcados e piolhosos?

Os viventes de uma época, cumprindo as suas coevas modas, pecam geralmente por não aceitarem os seus contemporâneos criativos, com perspectivas não  espartilhadas pelo tempo compartimentado. Veja-se o caso, já várias vezes por mim referido e agora com mais premência, dado o quão a sua arte prestaria prestimosos serviços a populações enclausuradas e cercadas por muitas dúvidas.

Imagine-se o que seria para a população mundial, se as pessoas do seu tempo tivessem aproveitado a mestria do Zé dá Peidos e criado uma Escola que tivesse perpetuado através das gerações seguintes a sua arte.

Hoje, através da internet, toda a humanidade se riria não só dos seus semelhantes opressores que consigo fazem experiências e têm projectos civilizacionais, como até e sobretudo da própria divinizada existência.

Sob o ponto de vista militar o peido é uma arma eficaz pois destrói toda a argumentação dos bem-falantes da prepotência e lança no ridículo todas as dissimuladas subversões destinadas à arregimentação do homem, alienando-o da sua nobreza enquanto ser do espaço intemporal.

Mais uma vez o corpo, como arma completa, desenvolve em si próprio a defesa contra a acéfala tentativa de uniformização.

As elites civis desta época ainda vão a tempo de criar essa Escola, pois, e é um militar quem vos fala, ou muito me engano, ou muita substância se vai produzir.
 

modesto apoio à feliz iniciativa da CÃMARA MUNICIPAL de LAGOS e LABORATÓRIO DE ARTES CRIATIVAS

"Lagos em casa com...Humor - Concurso de Cartoons Humorísticos" resultante de uma parceria estabelecida entre o Município de Lagos e o LAC com o objetivo de incentivar a criatividade e originalidade dos cidadãos durante o período de confinamento exigido pelo Estado de Emergência.


2ªfeira  UNIVERSIDADE de LAGOS    UM BARCO NA PRAIA DA D.ANA (LAGOS)
                                                       UM BARCO NUMA ILHA DO SENA

Comentários

Bom dia;. Um texto super criativo sem dúvida. Penso que nunca em nenhuma guerra se tapou a boca, nem a mortos, quanto mais a vivos, como está a acontecer nesta "guerra" viral.

Mudam-se os tempos, mudam-se as "armas"...
Luis disse…
maravilhado me confesso com a bifuncionalidade do cu

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