LAGOS PRAÇA REMILITARIZÁVEL



A HISTÓRIA

Lagos, sempre foi uma praça militar e foi através dela que se enobreceu.


A ACTUALIDADE

 O Professor Adriano Moreira refere que a fronteira da fome que não há muito tempo se encontrava na região subsariana, se encontra já a atingir Portugal. O que se está a passar na outra margem do Mediterrâneo pode ser entendido como a pressão de todo um imenso continente que procura fugir à morte pela fome.

O FUTURO

Pertence a Deus. Resta ao homem congeminar cenários. A situação geoestratégica de Lagos, não directamente sobre a margem norte-mediterrânica, permite-lhe alguma segurança, na medida em que se escapa a uma hipotética Lampedusização, como já é o caso de Itália que poderá estender-se a França e Espanha.
E permite-lhe ainda e  sobretudo daí tirar algum proveito que assegure a sua sobrevivência e prosperidade, já que o projecto de remilitarização deixa em aberto a possibilidade a ficar de bem com quem venha a ser o vencedor.
Como se sabe, o segredo da ciência da perpetuação dos povos dominados está em tomar a adequada  posição ante os vencedores. No último grande conflito Salazar foi nisso mestre.

O PROJECTO

Trata-se de repetir o que já foi o papel lacobrigense no atrás referido conflito, em que assumiu a função de fornecedor em géneros da armada inglesa do Mediterrâneo. Desta vez, considerando a enorme evolução sofrida e as características económicas da actualidade, o fornecimento seria muito mais sofisticado e rentável. Nada menos que criar as condições  para se tornar o local de férias e de hospital da retaguarda dos militares em combate. O equipamento requerido já o temos e de boa qualidade só falta o suporte de protecção, ou seja, a remilitarização de Lagos.
Remilitarização que não pode ser feita com qualquer espécie de militares, exigindo-se dos mancebos cultura superior e domínio das línguas, o que abriria carreiras para os nossos licenciados actualmente sem outra alternativa que não seja a emigração. Seria uma tropa de elite com uma especialização  ainda não concebida pelos exércitos modernos: vigilância  protecção e intervenção em  unidades hoteleiras.
Dada a novidade da capacidade interventiva de tal tropa, não é de excluir que ela fosse chamada a intervir em todo a costa algarvia e mesmo nas zonas da vizinha Espanha dependentes da indústria turística aí instalada.
O equipamento militar para tal desiderato também tem existência física, pelo que só fica a faltar a vontade política.
O treino e formação dessa tropa de elite devolveria à nossa terra o ambiente dos tempos áureos, ombreando com as épocas do Infantaria 16 e Caçadores 4 e, até mais longe ainda, porque não, com a escola de grumetes do Infante.




 

 

Comentários

francisco disse…
Ora aqui está uma interessante visão do futuro partindo de uma correcta visão do passado. Eu digo, uma autêntica tele-visão que aposta na actividade mais rentável que o Homem já inventou: A Guerra. Meu caro, empunhe o estandarte e muitos segui-lo-ão-ão-ão.

;D
deodato santos disse…
uma praça incapaz de gerar cultura diálogo convivialidade gera militarismo.

ao homem é-lhe difícil esquecer as três pulsões que mais o realizam: massacre saque violação.

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