era em Lagos - debulha com trilho
para cada trilho puxado a bois
andam por aí, só de automóveis
um milhão ou, talvez, dois
duas longarinas em madeira
em ângulo obtuso na fronte
mais uma travessa e uma tábua
esta pra trás a outra pra diante
e uns cilindros de madeira
em eixo móvel, mais ferragem
chumaços e lâminas desencontrados
e, empoleirado na cadeira
sobre um metro, sem margem
da engenharia de antigamente
vai... metro e meio de gente!
Comentários
;p
memórias do ver,
,
abç
,
*
Bela descrição poética de tempos já passados.
Embora com muito esforço braçal, era um tempo de mais simplicidade e autenticidade.
Hora é tudo muito mecanizado, diri, desumanizado, para não dizer frio.
Parabéns.
Um abraço
José António
passei por aqui para te agradecer a visita, e deparei com a poesia de Vieira Calado, da qual gosto muito! sou frequentadora assídua do blog "Vieira Calado Poesia".
Quanto ao teu comentário no nmeu blog, devo didizer-te que o espectáculo no Olga Cadaval foi simplesmente maravilhoso!mas o Camané já nos habituou a isso... mas este disco é fantástico! também eu estou desejosa que chegue o dia 21.
um abraço
O cotidiano deixa em cada um de nós esuas marcas que compõem a nossa história.
Me senti de volta ao passado.
BJs.