era em Lagos - debulha com trilho



para cada trilho puxado a bois
andam por aí, só de automóveis
um milhão ou, talvez, dois

duas longarinas em madeira
em ângulo obtuso na fronte
mais uma travessa e uma tábua
esta pra trás a outra pra diante
e uns cilindros de madeira
em eixo móvel, mais ferragem
chumaços e lâminas desencontrados
e, empoleirado na cadeira
sobre um metro, sem margem
da engenharia de antigamente
vai... metro e meio de gente!

Comentários

Fátima Santos disse…
este moço quando quer faz coisa de muito jeito...
éf disse…
mcorreia: ohhh... sou especialista em debulhar.

;p
Caro Amigo Vieira Calado,

Bela descrição poética de tempos já passados.

Embora com muito esforço braçal, era um tempo de mais simplicidade e autenticidade.

Hora é tudo muito mecanizado, diri, desumanizado, para não dizer frio.

Parabéns.

Um abraço

José António
anamarta disse…
Olá
passei por aqui para te agradecer a visita, e deparei com a poesia de Vieira Calado, da qual gosto muito! sou frequentadora assídua do blog "Vieira Calado Poesia".
Quanto ao teu comentário no nmeu blog, devo didizer-te que o espectáculo no Olga Cadaval foi simplesmente maravilhoso!mas o Camané já nos habituou a isso... mas este disco é fantástico! também eu estou desejosa que chegue o dia 21.
um abraço
Andrea disse…
Olá! Esta cena é como voltar ao passado quando eu era criança e meus avós descreviam como era o vilarejo onde moravam em Portugal.
O cotidiano deixa em cada um de nós esuas marcas que compõem a nossa história.
Me senti de volta ao passado.
BJs.

Mensagens populares deste blogue

Deodato Santos - Artista? Figurinista? Escultor?

Chamou-lhe um Figo