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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011
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  SOFIA FORTUNATO ampliando a fotografia ver-se-à uns pequenos buracos na sua camiseta cinzenta. em casa uso umas assim da mesma cor mas os buracos são muito maiores. um objecto de metal na orelha direita não uso. nem o nome - 4 traços verticais cortados por uma obliqua - tatuado no pulso esquerdo também não uso. mas vou informar-me. pratica a escrita e a sua caligrafia nunca é a mesma. um estudante de psicologia de um curso brasileiro por correspondência, diria que é uma recusa em assumir uma identidade definitiva. bem visto: se nos negamos nós próprios a ser uma entidade completa e definitiva decerto que olharemos para tudo de modo diferente e veremos coisas que estão a ser encobertas por outras que lá foram postas, aleatoriamente e indiscriminadamente até,  por vezes. muitas vezes,  propositadamente. voa regularmente para Inglaterra onde segue um curso em que se faz arte com as possibilidades abertas pelas novas  tecnologias. conjuga-as sem preconceito e sem hierarquia com as

recantos de Lagos VI

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nem sempre os recantos da cidade ou seus encantadores arredores como é o caso, são dignos de ser apresentados se os mostro, se revelo em foto, é para que se saiba os desaforos que podem ser consentidos numa cidade como a nossa cegos ou distraídos, ninguém que cuide dum local que é ainda um verde pinhal a olhar a /pela cidade  despejam por ali dejectos de obra, cacos, restos... e, porque não os retiram, porque os consentem demasiado tempo, vêm as roupas velhas, os papéis  o lixo...  uma pena que assim seja, ali mesmo no caminho de acesso ao pinhalzinho que é um passeio lindo desde cá do cimo até à estrada do Sargaçal, a ver lá baixo o rio e a cidade e levantar ou aterrar uma ou outra nave...
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ZÉ VENTURA   quando se trabalha a arte, não se está  apenas no domínio da  expressão pessoal, vai-se mais longe que si próprio, está a sintonizar-se a sociedade, o fenómeno humano, o próprio enigma da vida. a arte é um ramo da ciência. a sociedade em geral não aproveita completamente as potencialidades do fenómeno, dos seus intérpretes e  das hipóteses deixadas pela sua pesquisa. é verdade que nem sempre os sinais alcançados permitem uma interpretação fácil e imediata.  é verdade que socialmente já se  saiu do tempo em que se considerava que expor as  suas obras era fazer um favor ao artista. a arte é uma necessidade e uma satisfação. quando trabalha as tintas e os tecidos a artista não dá pela ideias que lhe atravessam a mente. fora desse momento não se alheia do que se passa à sua volta e toma parte activa na defesa dos  direitos dos artistas, como membro da  Sociedade Portuguesa de Autores.
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  REVOLUÇÃO OPERÁTICA NO ALGARVE Novos artistas operando na província estão a impressionar pela imaginação sem limites que põem na maneira como interpretam os clássicos da ópera. Em Wagner, a famosa cena em que Siegfried rouba a Gudrun o anel dos Nibelungos, a grande ousadia estética tem causado a mais viva admiração e os mais vibrantes aplausos, não só nos melómanos, como no povo votante em geral. O Ministro da Administração Interna vindo de propósito aquilatar da qualidade do produto teria declarado admirativo a esperançosa opinião:  Nestas coisas de Cultura, a tutela, nessa matéria, entre-aspas, postos de trabalho, alavancar, só pode ter uma atitude: dar plena liberdade à criatividade dos artistas.
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as árvores são como as pessoas: quando se olha para elas com respeito metem-se a crescer A primeira cerimónia a prestar pelos Amigos da Figueira da Praia da Luz, grupo formado neste blog, vai ter a lugar a 15 de Junho,( lua cheia ) deste ano que corre, sob a iniciativa da Junta de Freguesia da Praia da Luz. Que, na sua qualidade de oficiante, também tomou a iniciativa de convidar aqueles que irão utilizar a sua inspiração para lhe tecer louvores poéticos: Pedro Santa-Rita, Maria de Fátima, Vieira Calado, Francisco Castelo, Pestana, Graciete Bravo, Deodato Santos. Outro convidado será a aluna ou aluno do ensino secundário que vier a manifestar-se através das propostas do professor Vitor Álvaro. A Junta decidiu ainda, que a cerimónia se repetirá nas luas cheias de Julho e de Agosto. Uma boa ideia. Projectos simples, pouco dispendiosos, com possibilidades de continuidade e chamando criativos de cultura.

estragam tudo

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A degradação das condições económicas e sociais vai-se reflectindo, entre outras coisas, no aumento da criminalidade associada ao furto e ao roubo, a chamada "pequena criminalidade". A imagem não documenta um acto de vandalismo mas sim o furto de um bem público (de aquisição privada mas colocado, por contrapartida, sob utilização/fruição pública). Já não pergunto o que faz a polícia, sabendo que a Justiça e os tribunais têm maior responsabilidade, e maior culpa formada, no continuum deste tipo de criminalidade. Mas também já não pergunto o que andam a fazer os juízes, quando o sistema judicial e penal se rege por leis tão ineficazes e tão permissivas. Pergunto o que andaram a fazer os legisladores? Pergunto e o que raio anda a fazer o Governo, que tão mal orienta a vida da sociedade portuguesa? Ainda não chegou a altura de responsabilizar ninguém? Ainda vamos continuar a ser bons rapazinhos e a deixar a culpa morrer solteira? Isto tudo é uma vergonha. Vergonha, deixarmo-nos g

Uma Lacobrigense nas artes de palco

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Pelo segundo ano Madalena Luz prestigia a Revista do Boa Esperança em Portimão que, pela mão do grande Carlos Pacheco, tem dado algum alento ao panorama cultural deste Algarve. A Revista "Aqui Não Há Crise" é uma lufada de ar neste período aparentemente surrealista do que vai ser a História da contemporaneidade Lusitana; segue tudo com bom humor e com um sentido estético irrepreensível. Um serão divertido de bom gosto, que duma forma insofismável serve de catarse.   Clique aqui para aceder ao site .
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  relatório: na sequência de muitas horas, noturnas e diurnas, de análise exaustiva da geometria da rua da palinova, sobretudo de um ponto que sugeria uma solução de continuidade na linha da estrutura geral, cheguei à conclusão que não existe nada que justifique o levantamento da calçada  e uma perfuração. nem tampouco  mais tempo de pesquisa. no meu entender deve abandonar-se a pista por esgotada.                                                             concordamos por outro lado, em resposta ao seu relatório sobre o estranho comportamento da sombra da varanda da mesma rua, e que dava a ideia de tratar-se de um símbolo de aparência caligráfica, está agora em fase de pesquisa de gabinete. aguardamos a chegada de um reputado perito árabe que, em virtude dos acontecimentos no cairo, se encontra retido                                                                         as agências especiais ganham as guerras por tempo indeterminado. como é um importante consultor das agênc
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  ALONZO.  o mural que cobre quase por completo a parede interior norte do centro cultural é de sua autoria. a sua  palavra é expansiva como a sua pintura e como as suas origens africanas: ascendência branca, pai oriundo da  galiza mãe portuguesa. não se limita a querer compreender e abraçar o mundo a partir do mundo das telas e das cores e das obras que compõe  com os mais diversos objectos que recupera, precisa de ir vê-lo na diversidade e na complexidade dos locais - mesmo roçando a aventura: japão, américa central, américa do sul. parte de novo para nova iorque no mês de abril, levando telas trabalhadas na sua Casa Redonda, em Barão de São João, para uma exposição em maio.  para ele "arte é liberdade", e entregar-se a ela é fazer vir ao de cima a completa realidade de si próprio. é entrar num mundo de horizontes sem fim, como em nova iorque , quando no meio das multidões sente como se o eu individual tivesse sido absorvido por uma poderosa consciência anónima.

Debaixo da ponte

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Bem perto de onde a Fátima tirou a outra.

recantos de Lagos V

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que nem só no burgo quinhentista recantos da cidade  também os da ribeira mansa destratada discreta águas de ali logo desaguando na baía