COMANDANTE DEODATO
o geostratega
SALVÉ TENENTE CALADO
HERÓI DE LAGOS SALVA HONRA DE
PORTUGAL
Aprestavam-se três energúmenos marinheiros, convictos de
estarem agindo ao abrigo das suas obrigações de ocupante (tal como outrora o
seu antecessor Chicodrake) a violar uma jovem lacobrigense, quando, regressando
ao quartel após a ronda pela cidade, dá por eles, à altura da biblioteca Júlio
Dantas, o tenente Calado, que fazendo jus à sua coragem logo os invectiva
seguindo a eficaz técnica paralisadora usada em psicologia militar: venham cá
camónes d’um cabrão.
ARROGÂNCIA
Na cegueira da sua arrogância riem-se do português os
energúmenos e a ele se atiram ignorando que estavam perante um excelente
espadachim que, com uma estocada que ficou conhecida por “estocada tenente
Calado”, logo ali prostrou o mais raivoso dentre eles, tendo os outros três,
acagaçados, fugido rua abaixo cagando-se pernas abaixo.
A PLACA?
A placa alusiva desapareceu há muito da parede da biblioteca
e, os poucos lacobrigenses que ainda subsistem, acham que devia ser colocada
outra em sua substituição. Sobretudo depois da recente prova de vassalagem do
PR perante a decrépita figura do decrépito império que, não poucas vezes nos
atraiçoou, como foi o caso na Indía e em África quando tentávamos evitar que acontecesse à
civilização aquilo que agora lhe está acontecendo.
A ESPADA?
A espada está nas mãos do primogénito Vieira Calado, que
continua a congénita habilidade esgrímica do progenitor, desta vez com
estocadas de poesia.
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