Lagos vista pelos olhos de quem a visita
Três vídeos fantásticos da Cidade de Lagos e dois poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen LAGOS I «Un jour a Lagos ouverte sur la mer comme l’autre Lagos» Senghor Em Lagos Virada para o mar como a outra Lagos Muitas vezes penso em Leopoldo Sedar Senghor: A precisa limpidez de Lagos onde a limpeza É uma arte poética e uma forma de honestidade Acorda em mim a nostalgia de um projecto Racional limpo e poético Os ditadores – é sabido – não olham para os mapas Suas excursões desmesuradas fundam-se em confusões O seu ditado vai deixando jovens corpos mortos pelos caminhos Jovens corpos mortos ao longo das extensões Na precisa claridade de Lagos é-me mais difícil Aceitar o confuso o disforme a ocultação Na nitidez de Lagos onde o visível Tem o recorte simples e claro de um projecto O meu amor da geometria e do concreto Rejeita o balofo oco da degradação Na luz de Lagos matinal e aberta Na praça quadrada tão concisa e grega ...