PARAÍSOS TURISTÍCOS - LAGOS

GARANTIDO SEM INDIGNADOS



- refere-se decerto á conferência internacional em que defini os habitantes de portugal, agrupando- os  em duas características principais: os que tendo dinheiro o põem lá fora e os que não tendo vão trabalhar lá para fora.
- tendo concluído com muito agudeza de visão,  que na prática, isso equivalia a que os primeiros expulsassem os segundos. mas o que mais me impressionou foi a sua tese, segundo a qual, nas circunstâncias actuais o país não precisa de classe política.
- é evidente. o programa que está a comandar o país, elaborado por misteriosas pessoas que se encontram por detrás de sonantes organismos internacionais, poderia ser executado com muito mais eficiência se deixassem trabalhar a estrutura orgânica e hierárquica do funcionalismo público. a presença da classe política só encarece e emperra a aplicação das medidas do programa.
- não teme que os portugueses viessem a perceber que estavam a ser dirigidos por fora, que tinham perdido a soberania, e que tal poderia indigná-los?
- é desconhecer os portugueses. enquanto  não faltar o abastecimento regular de droga putas e futebol não terão razões para se indignar. aproveito para falar de uma coisa que não referi na citada conferência pois, embora já pensasse nela, a ideia  ainda não estava suficientemente amadurecida. é que nenhuma das sumidades  economistas daqui e de fora, nenhum autoconvencido comentador, nunca consideram um elemento fundamental que poderá vir a alterar todos os pressupostos  e resolver a situação nacional, melhor, até a própria situação internacional. falo obviamente da nossa senhora de fátima.

(ampliando a foto pode observar o pormenor da mão comendo a óptima sopa que é servida na cafetaria do centro cultural).