Deodato Santos - Artista? Figurinista? Escultor?
“ Sou desmesuradamente exigente para com a arte: desejava que ela trouxesse uma resposta. Senão para uma pessoa pelo menos para a humanidade. Por isso nunca me atrevi a chamar-me artista: certa vez chamei-me figurinista, porque faço figuras, hoje nem isso ”. Perceber, à conversa, quem é o Deodato artista, não é fácil. Não só porque é sempre difícil reduzir a palavras simples a obra, o sentir e o pulsar daqueles que operam no universo das artes como é difícil interpretar a sua mensagem em linguagem corrente. E talvez deva ser assim, porque se fosse fácil esse diálogo e esse entendimento, ficaria desmobilizada a manifestação artística por desnecessária. No fim de contas, será mais clara e precisa a obra artística do que as palavras da entrevista. Da entrevista possível, com poucas perguntas e mais desafios, deixamos o excerto da digressão do autor ao sabor da sua plena liberdade. Deodato Santos veio cá parar “via nascimento”, em 1939, como ele próprio referiu, portanto é lacobrigense de
Comentários
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Logo, pouco soube.
Mas à noite (por mera casualidade, visto que o concerto já estava aprazado)
o José Mário Branco - artista convidado, para a festa do Departamento de Português -
disse, antes ainda de tocar:
- Houve um golpe de militares em Lisboa.
Não esperem por muito.
Vai tudo ficar como estava.
Passaram-se 30 anos.
Será que ele, afinal, tinha razão?
eu estava numa sala de aula, e com a estupidez própria de uma adolescênte perguntei à prof. se iam prender o Marcelo. Ela disse que teria que esperar para saber.
Hoje não reconheço no presente nenhum reflexo deste passado, nem sou capaz de me alegrar com mudanças.
Tenho é saudade de ser criança outra vez e acreditar num futuro, só por acreditar.
-A todas a almas que fizeram abril obrigado por me terem feito sonhar...
;)
Não houve, porque todos se agitaram muito rápidamente...
Se esta filmagem foi feita da parte da tarde como julgo, eu estaria por entre essa multidão, aprendendo a sonhar...
- Todos pra casa. Hoje não há escola porque chegou a D. Revolução.
Nós fomos. A pensar que era assim tipo quando vinha o inspector...