num destes dias de neblina pela manhã adentro, deu-me para ir ao Forte, subir e olhar com olhos de outro tempo a ribeira, a baía, a cidade, o cais, a praia recordar-me menina a andar por ali, acima e abaixo, e como era tão diverso o que então olhava o casario que descia, desarrumado e fedendo, junto à muralha e até ao cais, e a ribeira espraiada a lamber o murete da Barroca, e a lamber tudo, antes e depois, e mais além o vulto da praça do peixe quase iguais ao que eram dantes, estão as rochas mas apenas quase que nelas, além da mão do homem, se dá a mão da natureza mas, ainda assim, fica o encanto de serem quase tal e qual como eram dantes e, na maré vazia, ainda podermos passear entre a Batata e os Estudantes