Agosto na cidade

Que mês do demo!

É que Agosto inteirinho tem sido nortada  e mesmo na Batata e por aí adiante, é um ventinho desagradável...

E acresce essa água fria de partir os ossos
(faz falta um sueste a preceito)

Mas houve muita coisa boa pelo mês de Agosto

Houve aqueles teatrinhos ali no largo do monumento ( o largo da palmeira, ainda me lembro de o chamarem desse modo)

e o malabrarista de serviço desde há tanto ano

e os homens estátua...

E houve teatro de revista e cinema às quartas no Centro Cultural

E a mostra de livros de autores da cidade que foi muito visitada ali no mercado dos escravos

E a cada sexta, a animar o largo da igreja, foram muito concorridos, os bailes 

E houve uma escola de espadas vinda de Itália mais o coro de Santa Cecília, tudo ali em Santa Maria

Sem falar na animação que é a avenida de manhã até ser noite naquele ar mourisco que lhe conferem as tendinhas e a que fazem jus os vendedores...

No resto da cidade é tudo muito discreto, muito calmo e até repousante não fosse o grasnar das gaivotas que andaram todo o mês a criar os seus filhotes não por rochas como era antigamente quando os barcos lhes traziam sustento a cada sol nascendo, mas poluindo muralhas e telhados.

E houve a fadista do momento num concerto concorrido em frente da igreja e do Infante.

E ao Molião e às jornadas que abriram ao publico as escavações, também acorreram visitantes...

mas acorrer, acorreram aos passeios às quintas pela muralha e seus baluartes num deambular pedestre muito agradável e, pela fresca da noite, no comboiozinho, a ver os monumentos mais emblemáticos e a ficar com uma outra visão desta cidade

Fazer de turista sabe bem, de vez em quando... 

saber como nos ficam olhando...

e ainda teremos por cá Rodolfo Castro o pior contador de histórias do mundo no âmbito do ESTAR