eremitas eremitéros alucinações
eremitérios
escorreguei de costas no sono e na vigília estrelada e acordei com os
pés destapados prolongando-se para lá da rocha de sagres.
(variações sobre o tema “a
rocha de sagres)
flutuei de costas no sono e na vigília
estrelada e avistei lá cima dois pés: o calcanhar de um equilibrando-se no
polegar do outro prolongando-se para cá da rocha de sagres.
(flutuando a dez metros por cima da rocha são assimiláveis as duas
imagens: a do escorregar nas pedras e a do flutuar oceânico. se as intempéries
impedirem recorra-se ao google earth).
UNIVERSIDADE DE LAGOS
photo f.castelo
Os milionários da Freguesia têm pouca projecção internacional e a culpa é nossa que não colaboramos o suficiente. Que insensíveis portugueses classe-média seremos nós, comparados ao patriótico exemplo dos nossos pobres que compreendem e aceitam a sua função social. À classe média dá-se-lhe isto e querem mais aquilo.
ANFITEATRO 2: HISTÓRIA
EUSÉBIO
NO MERCADO DOS ESCRAVOS
Não se trata de uma
alternativa ao Panteão.
Trata-se de dar a
conhecer alguns dados sobre factos gloriosos que ilustram a história recente da
gloriosa cidade de Lagos.
Os estrategas do
Benfica consultaram os seus ficheiros e concluíram que a maneira mais discreta
de trazer Eusébio de Moçambique, às escondidas da concorrência, seria
utilizando duas circunstâncias muito propícias: terem nesta cidade o sócio nº1
e ser ele o Dr. da Alfândega.
Foi assim que uma
anódina caixa de bananas chegada discretamente à Alfândega de Lagos foi
despachada pelo Dr. Pagaretes e, com a desculpa de falta de espaço, levada por
três remadores, entre eles o Tibúrcio, para o rés-do-chão, ou seja o Mercado de
Escravos.
Eusébio aí ficou
alimentando-se das bananas, até ser levado directamente para o balneário do estádio
da Luz onde foi desencaixotado e equipado, e apresentado ao plantel como o
antecessor de Mantorras, tendo logo ali marcado dois golos no derbi.
COMANDANTE DEODATO
este olhar de
incisivo perscrutador da acção humana.
PEQUENA REVISÃO NUM SUBMARINO
Paulo Portas anuncia persuasivamente para o
ano que vem uma descida no IRS.
Fica-se a saber dias depois mais
discretamente que vai o primeiro dos submarinos, agora, ser sujeito a uma rotineira
revisão contratual que custa 5 milhões de euros. Depois será o outro.
(Preparem-se
pensionistas).
A elevada tecnologia
assim obriga e aí reside a enorme versatilidade desses vasos de guerra que, miniaturados, podem desempenhar outras altas funções: cólonoscopia, clisteres,
almorroidal.
Nem tudo é roubalheira no Serviço Nacional de Saúde.
Comentários
agradeço.
Quem sabia a estória toda era o Nande do Pouso do Infante que, nesse tempo, era barman no dito hotel...