três características do eremita: 1 não repudia qualquer
alucinação mas sabe que não passa de uma alucinação 2 nunca abandonará o
eremitério 3(logo) não será apóstolo do
fruto de uma qualquer alucinação.
o apostolado não depende tanto da vontade do apóstolo mas mais do ensejo dos crentes, e os crentes também não gostam de apóstolos nómadas (deve ter a ver com algum síndroma de vendedor porta-a-porta), preferem aqueles que peroram no seu eremitério, preferem deslocar-se lá carregando às costas a sua fé e esperanças em milagres, pois sabem que à sua porta o vento nem a palha junta. ;)
os crentes querem um apóstolo, o eremita não tem que ser nem apóstolo nem profeta. só tem que ser eremita, não tendo que sujeitar-se ao canto da alucinação nem à adulação tirânica dos crentes. parece que desde os primórdios da procura da solidão as coisas se tenham confundido.
......... FIGOS :: LAMPOS ....................................................................................................... Aí está a época do figo! O figo! Esse, assim chamado fruto, filho da Ficus Carica , da família nobre das Moraceae . Na verdade, em termos botânicos, o figo é um receptáculo de flores, não propriamente um fruto, a que dão o nome de síncone. Dizem que já na Idade da Pedra eram apreciados e cultivados por cá, embora sejam originários da Mesopotâmia, Pérsia e zonas arábicas voltadas para o Mediterrâneo. A figueira, nesses tempos, era considerada uma árvore sagrada, talvez porque foi com folhas de figueira (abundantes na região), que Adão e Eva tapavam as suas vergonhas!... Eurico Veríssimo, um grande escritor brasileiro, comenta, a este respeito, que a fruta do Paraíso tinha de ser o figo, não a maçã, e que ao desobedecer a Deus, os fundadores da Humanidade, perderam o paraíso, mas ganharam a mortalidade e o sexo, e inauguraram a indústria do vestuário! Na reali...
“ Sou desmesuradamente exigente para com a arte: desejava que ela trouxesse uma resposta. Senão para uma pessoa pelo menos para a humanidade. Por isso nunca me atrevi a chamar-me artista: certa vez chamei-me figurinista, porque faço figuras, hoje nem isso ”. Perceber, à conversa, quem é o Deodato artista, não é fácil. Não só porque é sempre difícil reduzir a palavras simples a obra, o sentir e o pulsar daqueles que operam no universo das artes como é difícil interpretar a sua mensagem em linguagem corrente. E talvez deva ser assim, porque se fosse fácil esse diálogo e esse entendimento, ficaria desmobilizada a manifestação artística por desnecessária. No fim de contas, será mais clara e precisa a obra artística do que as palavras da entrevista. Da entrevista possível, com poucas perguntas e mais desafios, deixamos o excerto da digressão do autor ao sabor da sua plena liberdade. Deodato Santos veio cá parar “via nascimento”, em 1939, como ele próprio referiu, portanto é lacobrigense de...
Comentários
;)