CRISTIANO CEROL EDITOR
Inéditos 65
Das múltiplas facetas de Cristiano Cerol, a de Editor, será
aquela mais projectada para os vindouros e aquela que deixará à Cidade o maior
número de Notícia e de Memória dos tempos da sua geração.
Esta colecção INÉDITOS 65 tem sessenta e cinco volumes dedicados
a acontecimentos e factos e autores que de uma maneira ou outra atraíram a sua atenção.
Com a curiosidade que a edição é de apenas dois exemplares, um para o editor e
outro para o autor.
UMA RARIDADE BIBLIÓFILA
Veja-se o valor que isto não terá com o passar do tempo,
para a História da Cidade e até para os herdeiros pessoais do editor e do autor.
No caso da edição actual trata-se de uma recolha de comentários
que tiveram lugar num espaço não do papel, mas do directo na internet. Curiosamente,
esse media da actualidade infelizmente fechou – cumprimentos aos seus anónimos
promotores que tentaram um espaço de olhar sobre a comunidade que
tanta falta continua a fazer - e é o
moribundo papel que conserva a sua lembrança.
QUANTO ÁQUELE QUE FIGURA COMO AUTOR
que sou eu, pedi a mim
próprio uma opinião e não é fácil.
O facto é que não consegui ainda arranjar coragem para reler
o que está plasmado no livro e parece-me que muito tempo vai passar até que o
consiga.
Embora o Cerol, me assegure que nada daquilo que lá produzi é
gratuito ou desprestigiante, e que ainda por cima contem esse alto momento em que fui
expulso, nem mesmo assim, ainda não me sinto atraído para um rever do passado recente,
talvez por ser demasiado recente.
Sinto-me mais uma
árvore que deixa as folhas ao vento e que não vê nem sente a necessidade de juntá-las. As
folhas que são vegetal e papel.
Comentários
Como o mistério alimenta a curiosidade, que tal mostrar retalhos da "nossa Cidade"...
Réjo Marpa
francisco, isso não inibe a minha frieza e distanciamento crítico, quando leio o que escreveu sobre mim, no seu blog Claustrofobias, aqui mesmo no lado direito desta página. muito bem escrito, culto e observador.