Passeio dos Poetas

   Ninguém ainda por aqui a dizer que foi bonito, que a festa até parecia uma romaria, que estavam todos com ar de estarem satisfeitos, mesmo os que desenharam letras tantos meses, dias, horas, humidades e frios, mesmo esses, ou sobretudo eles, estavam tão felizes.
  Faltaram os foguetes, mas via-se que o sol a espreitar entre as copas das árvores fazia as vezes, e o mais eram as vozes a dizerem o que estava gravado em cada pedra para a posteridade, e eram de festa as mãos plantando alfarrobeiras que um dia, depois de cada poeta ter ido para    Deus, serão ali o suor da sua mão a abençoar cada letra, cada palavra, cada verso.
  Ninguém ainda se atreveu, que isto de estar contente precisa de ser acalentado em lume brando antes que se possa gritar: 
  olha foi tão lindo! que pena não teres ido!

   E há fotos.
 Vou mostrar apenas algumas onde estão mãos de poetas plantando alfarrobeiras.







 fotos da Antonieta Pestana

Comentários

francisco disse…
Manifestações culturais genuínas. Sem instituições, sem autoridades, sem subsídios, sem artificialismos. Estão de parabéns.

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