blog Lagos (pt)

esta cidade é um presépio é o colo da Virgem  a aninhar o Menino há nela uma luminosidade que leva as gentes a quererem ser deuses esta terra possui a simplicidade do que é imenso e ainda assim tão doce de tanto olhá-la, a gente nem percebe o quanto por aqui há de paraíso o quanto o céu desceu neste recanto

eremitérios escorreguei de costas no sono e na vigília estrelada e acordei com os pés destapados prolongando-se para lá da rocha de sagres.                                                                                                                       COMANDANTE DEODATO este olhar que se aguçou remexendo nos formigueiros de agúdias.                O ANGOLANO EUSÉBIO Fora Eusébio angolano e teria a RPA providenciado (assumindo todos os encargos financeiros que viessem a ser estipulados - não descartando a hipótese de privatização, que seria coisa pacífica pois não se registaria grande contestação da parte dos actuais usufruidores) a entrada directa de Eusébio para o Panteão. PORQUE NÃO O FEZ MOÇAMBIQUE? Há na atitude moçambicana, à primeira vista, uma incompreensível dualidade de critérios, pois que, um outro grande vulto português aí nascido, Gungunhana, (que passou onze anos da sua vida num resort açoriano), viu os seus

eremitérios a inteligência artificial conseguirá alimentar-se directamente da energia do universo e durar o que ele dura: muito antes emudecerá (mantendo a luz de presença) por ausência do que dizer (como em longínquos outroras emudeceram os poetas da primitiva inteligência).

                                                                                            foto f. castelo A Freguesia tem muitos pobres e poucos milionários. Pode a cultura acabar com os pobres transformando todos os merdosos em milionários?                                                                    PRÉMIO KITSCH Categoria: a choraminguice atávica “Quero voltar para os braços da minha mãe” (e porque não para os alforges do pai?). Dicionário do Falar Algarvio, Eduardo Brazão Gonçalves, Algarve em Foco Editora 1996) (em claustrofobias, francisco ensaia sobre monarquia e república. pareceu-me ter ouvido um entrevistado dizer que das oito bancarrotas que a Freguesia já conheceu, quatro foram no reinado de D.Maria. terei ouvido bem?).

              este desapaixonado olhar de lúcido estratega                   AS 5 CONSTANTES DAS RELAÇÕES INTER-POVOS      1-Diplomacia  2-  Corrupção  3- Intimidação  4- Ultimato 5- Declaração de Guerra Perdidas as ilusões de reconstituição do Império resta à Freguesia um derradeiro esforço de reacção, quando a acção está agora do lado de quem anteriormente a sofria. A situação actual é de grande desnível nos pontos 1 e 2, nitidamente a nosso desfavor. Iniciar de imediato a perfuração sistematizada de todo o território, metro a metro, para encontrar petróleo que financie a correcção desse grande desnivelamento.

                a gente nem percebe o quanto por ali há de paraíso o quanto o céu desceu nesse recanto e se esqueceu de tanto a gente nem olha com olhar de quem ora nem murmura preces agradecimentos e no entanto é ali o paraíso é nos céus dos deuses que vivemos (ou lá perto) os grandes horizontes a luz (essa luminosidade que leva as gentes a quererem ser deuses) a paz que se respira e nos envolve o silêncio a simplicidade do que é imenso e ainda assim tão doce a gente nem percebe o quanto por aqui há de paraíso o quanto o céu desceu neste recanto e se esqueceu de tanto