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A mostrar mensagens de novembro, 2008

Avé Maria

avé avé avé Maria avé avé avé Maria Canta a cada quarto o sino da aldeia. Canta acordado toda a noite. Canta a cada quarto de meio dia ou meia noite. E em chegando o aprazado, ele bate: uma duas três quatro. Seja depois do sol a pino ou depois da meia noite. Avisa os em redor, seja preto ou branco, que os há de muitas partes deste mundo nesta aldeia onde o relógio bate as horas de dormir e de acordar. Avisa, depois de rezar à Senhora, cantando: avé avé avé Maria avé avé avé Maria Eu gosto de dormir sabendo que há um relógio que canta aqui ao lado. Eu gosto de acordar com o seu canto e o seu bate certinho: um dois três quatro. Isto no caso de ser quase hora do lanche, mas também assim se for no meio de noite. E gosto de o ouvir com o sol a pique, ardendo, e ele muito certo, lá do alto, cantando o seu Avé à Virgem, à Senhora. Batendo em ritmo arrepiante de preciso e dormente: um, dois três e por aí adiante até perfazer as doze. Gosto de uma aldeia com uma torre e um relógio badalando