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eremitas eremitérios alucinações

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  JÁ LÁ VÃO   aí vêm os apartamentizados citadinos das metrópoles ansiosos por irem ter em dias que passarão depressa  a realização pessoal por que ano após ano tanto anseiam:  à sua espera já se fazem as afinações da amplificação sonora da cultura programada e habitual que tem como missão não deixá-los ao perigo de ficarem expostos a si próprios por um instante.  5 ªfeira      UNIVERSIDADE de LAGOS nem mestre nem aluno      ENSAIO PSICOSOCIOLÓGICO SOBRE A EVOLUÇÃO FEMININA   PÓS 74

ÁGOA

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POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos ÁGOA   o que a faz pensar que aquilo que faz é mais importante do que aquilo que eu faço        refere-se a este momento em que não estamos produzindo nenhuma acção ou gesto provocadores de alguma alteração no ar imóvel ou em geral            acha que as pessoas mesmo que sejam duas quando aleatoriamente se encontram têm que necessariamente produzir qualquer acção ou pensamento ainda por cima potencialmente importantes para outros     não mais do que se estiverem sozinhas       antes de nos encontrarmos neste espaço de proximidade propícia   a contacto visual e de palavra estava a beber ágoa nesta incongruente e inesperada fonte         dei por isso      quer coisa mais importante   que isso: quão reduzido é o tempo que podemos sobreviver sem essa acção tornada   tão banal        aí tem uma coisa importante: a decisão de escrevê-la dessa maneira:   se uma coisa assim tão importante se torna assim tão banalizável que ficará restando de t

EMAIL

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                                    eremitas      eremitérios    alucinações   EMAIL tomado de profunda indecisão quedei-me mais que meia-hora considerando se abriria a correspondência eletrónica que me enviara a meio da tarde e cujo teor ainda se encontra intacto na memória (são considerações misantropas de que não  ouso me contradizer e das quais  estou cansado – mandei-as para spam ): a longa prática de dúvida universal e permanente conduz-me a ter que que duvidar dela própria    rendo-me à civilização e vou passar um exaltante serão comungando com os meus irmãos de espécie: futebolismo e bundalismo. 5ªfeira    POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos  

ALEGRIA PARADOXAL

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  eremitas      eremitérios    alucinações   ALEGRIA PARADOXAL   a ânsia com que se procura o riso exuberante e contagiante leva a considerar a suposição que possa existir uma alegria paradoxal que a exemplo do extremo frio paradoxal (que provocando uma tal ilusão de calor leva a pessoa a despir-se colocando-se em perigo de vida)): imagina-se que se está a rir quando o que domina é uma indefinida tristeza.     5ªfeira   POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos

ERECÇÕES CÓSMICAS

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                                                                                                                                              POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos ERECCÕES CÓSMICAS 1 (relembrando) uma e outra vez descobrem que se aproximam asteroides        é comum     e é comum dizerem que vêm na nossa direcção       assim é       e assim não é      a terra não está parada é levada pela galáxia e os asteroides vêm na nossa direção como nós vamos na direcção deles        bem visto      chamemos a isso cosmantropocentrismo          chamemos     agrada-me é o que lhe vou passar a chamar   a minha visão das coisas acaba de sofrer radical transformação.   ERECCÕES CÓSMICAS 2 tomado por essa consciência cósmica calculo que uma radical transformação se tenha operado na sua vida       nem calcula     dê-me um exemplo    as viagens para destinos turísticos da civilização bundal tornaram-se tão ridículas que nunca mais saí de casa e você ?           senti a transcendentalidade

O TEMPO DE CADA UM

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eremitas      eremitérios    alucinações     O  TEMPO DE CADA UM   nunca foi nem será seu: a inútil e permanente tentativa de que o seu tempo não seja dirigido pela vontade dos outros. 2ªfeira    POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos

BICHO DO RESTOLHO OU BROTOEJA

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POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos já nos teríamos encontrado    estou a escanar as minhas lembranças e não encontro indícios      também eu não   embora os nossos esforços não tenham o alcance do computador que em segundos  apresenta centenas de resultados     o que vem dar ao mesmo  pois dessa centena de resultados temos que seleccionar qual deles  corresponde ao que procuramos    ficamos assim sem saber se já nos encontrámo s     e havia nisso alguma importância     nenhuma  da minha parte       da minha também não     se um dia voltarmos a nos encontrar talvez tenhamos a memória deste encontro    ou talvez não    ou talvez não    o mais certo é que não      o mais certo é que não     a memória que existirá nessa época será a do computador      restar-nos-á naquilo que formos uma sensação difusa que poderíamos chamar nostalgia    eu sei trata-se de um prurido que nos deixa avermelhada a flor da pele da alma de tanto coçar      na época do bicho do restolho   no alentejo brotoej

poesia de vieira calado: TERRA

poesia de vieira calado: TERRA

GRAVITICAMENTE OCORREM SONS

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eremitas      eremitérios    alucinações                                                                         GRAVITICAMENTE OCORREM SONS        graviticamente ocorrem sons melhor dizendo bafagens como se fossem modulações de palavras de uma linguagem desconhecida: as características do ar produzem nelas um efeito de pena em suspensão indecifrável se de uma ave se de um arguido.   2ªfeira   POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos      ENCONTROS

DESARMAMENTO

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                   POÇAS DE THEATRO     descalce os sapatos                                                                                                           DESARMAMENTO sinta-se em segurança acabei de desactivar todas as minhas defesas     trata-se de um convite para que desactive as minhas?      acha que constituo para si uma ameaça       não enquanto estiver prevenido mas mal sinta que relaxei vem-lhe ao de cima o instinto dominador e procurará dominar-me     acha então que não nos é possível alterar essa nossa condição original         neste   momento   não ter tempo para considerar essa hipótese.                                                                                         5ª feira  eremitas eremitérios alucinações       O TEMPO DE CADA UM       

VARIAÇÕES SOBRE O VENTO

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eremitas      eremitérios    alucinações   VARIAÇÕES SOBRE O VENTO   quem não vê não vê o vento que é visível através das árvores que ondulam.   quem não ouve não ouve o vento que é audível nas copas por ele fustigadas.                              quem não vê não vê o vento que é invisível                              quem não ouve não ouve o vento que é inaudível. quem vê e quem ouve também não vê nem ouve o vento: a menos que suceda a existência de um obstáculo que ao ser o próprio corpo assim passa  também  a senti-lo .   2ªfeira    POÇAS DE THEATRO descalce os sapatos          

MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA

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UNIVERSIDADE DE LAGOS nem mestre/ nem aluno         MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA   AS RELIGIÕES   Toda as religiões se reclamam de representar um deus único para quem constroem ou pretendem construir uma sólida estrutura hierarquizada que se concretiza em riqueza magnificência ostentação Poder.                                                                                       A CRENÇA Cada uma das pessoas da vastíssima maioria deste planeta local vive com a crença não plasmável em textos sagrados, impraticável de transformar em religião: o postmortem é certamente mais suportável que esta vida.     estando eu no blog do Vieira Calado para ver a sua criação CASAS, encontro do lado direito       FIGUEIRA DA PRAIA DA LUZ.   O trabalho da autoria de Francisco Lumière, abrindo com o luar e a Rocha Negra da Praia de Luz, recorda a antiga asserção, ser o tempo o mais importante elemento definidor de uma obra humana. Ligação para o blog do Calado logo abaixo  

poesia de vieira calado: AS CASAS - Lisboa

poesia de vieira calado: AS CASAS - Lisboa

ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA DE UM REITOR

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UNIVERSIDADE DE LAGOS nem mestre/ nem aluno   razões de oportunidade substituem anunciado MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA Impunha-se uma consulta a universidades sem existência física. IMÓVEL E NEUTRA CLARIDADE LUNAR  QUEBRA DE RELACIONAMENTO E COMPROMISSO ENTRE NÓS E OS ESPELHOS A CIVILIZAÇÃO DOS ESPELHOS A OPINIÃO DE UM PERITO MILITAR ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA DE UM REITOR ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA DE UM REITOR  e para criar-se a si próprio a partir do nada criou o nada  -  deodato santos PASSEIO DOS POETAS     BARÃO DE SÃO JOÃO      MATA NACIONAL Pergunta: porque precisa o universo, entre o vaivém do nada e do bigbang,  da evolução das espécies e de uma espécie em particular.   Esta forma de realidade afirma que ambas existem: as espécies e as suas evoluções.   É de pensar que evoluam até deixarem de ser captadas pelos espelhos.   E que evoluam até regressar ao permanente e inicial nada, criado por decisão ininteligível para todo o sempre par

A OPINIÃO DE UM PERITO MILITAR

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razões de oportunidade substituem anunciado UNIVERSIDADE de LAGOS   MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA Impunha-se uma consulta a um perito militar. IMÓVEL E NEUTRA CLARIDADE LUNAR . QUEBRA DE RELACIONAMENTO E COMPROMISSO ENTRE NÓS E OS ESPELHOS A CIVILIZAÇÃO DOS ESPELHOS A OPINIÃO DE UM PERITO MILITAR   COMANDANTE DEODATO A volubilidade fronteiriça entre Exército e Serviços Secretos do Estado e exército e serviços secretos privados, aconselha a que se proceda de imediato ao julgamento em Tribunal Marcial, dos precursores de evolução da espécie humana imunes a serem identificados pelos espelhos. Inibir a captação da sua imagem considera-se uma declaração de guerra à civilização humana e, aqueles que nela incorrem, só podem, pelo crime de alta traição, ser passados pelas armas. Nos tempos que correm, sem festivais e sem estádios de futebol acessíveis, é desejável que os fuzilamentos se tornem grandes manifestações de orgasmo colectivo e unidade rac

poesia de vieira calado: AS CASAS - Lisboa

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eremitas      eremitérios    alucinações razões de oportunidade substituem anunciado UNIVERSIDADE de LAGOS   MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA IMÓVEL E NEUTRA CLARIDADE LUNAR . QUEBRA DE RELACIONAMENTO E COMPROMISSO ENTRE NÓS E OS ESPELHOS A CIVILIZAÇÃO DOS ESPELHOS donos do mundo ou humildes a primeira acção ao acordar é consultar o espelho: grandes decisões com reflexos sobre a humanidade tomadas por Goldman Sachs ou pequenas decisões tomadas por D.Gertrudes não são tomadas sem a concordância dos respectivos espelhos antes de saírem do apartamento e chamarem o elevador (sem a concordância dos espelhos não há civilização: qualquer acto dos nossos dias é antecedido por uma verificação do nosso aspecto e do ensaio de uma expressão com que nos tencionamos apresentar e impressionar os outros (a concordância torna-se vigilância que aceitamos de bom grado). 2ªfeira      UNIVERSIDADE de LAGOS          MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA

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                      razões de oportunidade substituem anunciado  UNIVERSIDADE de LAGOS     MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA eremitas      eremitérios    alucinações   IMÓVEL E NEUTRA CLARIDADE LUNAR. QUEBRA DE RELACIONAMENTO E COMPROMISSO  ENTRE NÓS E OS ESPELHOS   a origem da quebra de relacionamento entre os espelhos e nós tanto pode estar neles como em nós, ou como nós em eles, ou simultaneamente entre nós e eles: se os estudos em fase de conclusão concluírem que está do lado deles tal prefigura um caso de rebelião agravada contemplada por pesada moldura penal.   5ªfeira       UNIVERSIDADE de LAGOS          MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA                           

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IMÓVEL E NEUTRA CLARIDADE LUNAR.   acabo de decidir-me para amanhã (após dias de compreensíveis hesitações)   lançar o alerta nas redes sociais (embora ciente de arriscar-me a ser responsabilizado por criar alarme social de consequências imprevisíveis) de que está em curso insidiosa subversão: posso provar pelas experiências em   quantidade de espelhos que me pejam o laboratório que, das consultas que a eles tenho dirigido sobre a situação actual, a única reacção que neles é patenteada   é uma imóvel e neutra claridade lunar.         2ª Feira UNIVERSIDADE de LAGOS         MUITAS RELIGIÕES E UMA CRENÇA
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POÇAS DE THEATRO     descalce os sapatos   ACTORES nunca me viste em palco      mas vi-o na sua mais portentosa actuação em que peça       na cena em que vai acender uma vela e treme-lhe a mão de tal maneira que não consegue aproximar a chama do pavio    tenta mais duas  vezes e acaba por pegar fogo à toalha e à mesa      mas isso aconteceu aqui em casa e não fosses tu providencialmente entrando de extinctor em punho…toda uma vida ao meu serviço e nunca me viste em palco    mas tive a honra de contracenar consigo na que foi a sua última actuação ( sussurrante de frente para imaginada plateia ) ele  esqueceu ou fingiu que esqueceu que tudo tinha sido encenado como sua última encenação    da mesma maneira que finge estar surdo  e acreditar que teve uma casa e um serviçal  e duvido  que alguma vez tenha subido a um palco.   5ª feira eremitas eremitérios alucinações       VARIAÇÕES