UNIVERSIDADE DE LAGOS
nem mestre/nem aluno



OBRA DE SIZA VIEIRA
EM BARÃO DE SÃO JOÃO

Contara-me um coleccionador de arte que, tendo chamado Siza Vieira para edificar uma casa no Vale do Douro, ficara impressionado pelo número de vezes a diferentes horas do dia, em que o Mestre fôra sentir o local.

Apraz-me fabular que terá sido do meu sítio que ele sentiu a obra que deixou em Barão de São João.
Não o foi decerto mas duvido que haja um ângulo mais favorável para apreciá-la. Invisível durante o dia, mesmo conhecendo o seu ponto exacto na base de uma elevação entre o vulcão de Monchique e o escorrimento de lava na Praia da Luz, resplandece ao crepúsculo antes da iluminação pública: forma sóbria de um rectângulo branco esmaecido.

A desmatação obrigou-me a improvisar armazenamentos de lenha. Com telhas há anos adormecidas construí um cilindro encimado por uma coruja.
Sem telobjectiva não foi possível captar o enfiamento da lente e do olhar da coruja fixando a nudez incorrupta do rectângulo.

foto Inge Wolff





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