Universidade
de Lagos
nem mestre/nem aluno



 LICENCIATURA EM PROXENETISMO


 Guerra e sexo são as actividades que mais lucro geram. Porque assentes na primeira e imprescindível necessidade humana de proteger-se, nunca lhes faltará matéria prima nem mercado. O medo é a pulsão do indivíduo e da sociedade.

Contudo, os lucros gerados são de difícil contabilização. A segunda ainda mais do que a primeira, consegue escapar à fiscalidade gerando receitas incalculáveis por todo o mundo. Não contribui para o PIB e para as instituições sociais, nem para o ensino a ciência a cultura a saúde.

Por mais que tentem as profissionais e os profissionais do sexo, nunca conseguirão organizar-se para que a sua profissão saia do regime de escravidão e de ostracismo.
A carga moralista que a envolve, é um dos factores que mais beneficia o caduco proxenetismo sem cultura nem dignidade, ascoroso. 

A hipótese com mais viabilidade de contornar o problema é a formação universitária para Proxenetas. Dir-se-á que muitos têm formação superior, os inevitáveis advogados, mas também psicólogos e filósofos. Mas trata-se de uma formação em exercício, muitas vezes intuitiva, nunca de formação específica e com bases científicas. E peca por se circunscrever às elites económicas e políticas.

Num primeiro passo, e a exemplo de muitos ramos da actividade económica, caberia ao Estado, como regulador da sociedade e perante a tradicional hesitação e ousadia da iniciativa privada, abrir nas universidades públicas, cursos para especialistas que começariam com uma aliciante carreira assegurada como funcionários superiores do Estado.

Aliciante sem dúvida para os jovens idealistas dos nossos dias, ansiosos por aplicar a sua generosidade no porvir da civilização.


5ªfeira eremitas eremitérios alucinações    BONS E MAUS

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