HAVANEZA

,

Quem os reconhece nesta imagem de ontem,

nesta transfiguração do tempo, neste lugar remoto?

-

Em que acreditavam estes homens, quanta cisma

no rumor das suas vidas interinas, o temporal

de outras mesmas ideias à mesa duma tarde

que já é infinitamente noite para voltar

ao eterno comum das coisas simples de sempre?

-

Que diriam da cidade de ontem, do país, do mundo,

quais seriam as suas convicções, a transfiguração

que adivinhavam no lugar limpo que habitavam?

.

Como não entender a sua postura imperturbável,

nesta metamorfose do lugar, este tempo brando

feito de palavras lentas, gestos indefinidos

que nos traz a incerteza dum anoitecer sereno?

-

Alguém os reconhece?

O sujeito sentado, mais à direita,

quem é?

-

O imagem, segundo alguém

que sabe tudo

sobre fotografias antigas de Lagos,

diz que ela é dos finais dos anos 20,

princípios dos 30,

quando a personagem em causa..

ainda era abastada...

.

Comentários

Amigo andou pesquisando; Linda fotos de tempos puros, cheios de esperanças.
Claro que para cada tempo seu problema, leves talvez, mas existiam. Podemos assegurar que com menos corrupção, tão facilitadas por evolução tecnológica como a de nosso tempo, ou talvez não tão exposta pela mesma tecnologia.
Diga-me, cervejaria, tabacaria, por consignação? como???? hum tem papelaria rs rs; Hummm negócios diversificados!
Um abraço no coração querido V.C.
francisco disse…
Não sei, mas gostava de saber essa história.
Vieira,
Esta fotografia é uma verdadeira pérola histórica!!!
Abraço.
mariolagos disse…
tempos aureos estes comcerteza.havaneza era na esquina da travessa que liga a rua 25 de abril com a rua da barroca
francisco disse…
o Mario Nuno está enganado, a Havaneza era na esquina da Rua Cândido dos Reis com a Marreiros Neto. Em 1928 Lagos já tinha electricidade, pelo que a foto será dos anos 30, julgo que do princípio da década.
Amigo Vieira, um feliz 2013 repleto de paz, amor, saúde e felicidades

Divino Afeto

Que seja bem-vindo o amor supremo
No coração mais puro dos devaneios
Amor bendito, sagrado e dos anseios
Irradiando n’alma um fervor extremo

Creio que esse doce mistério do amor
É a sublimação, e uma joia da alma
A emanação etérea, aquilo que salva
Que cura as feridas, e extingue a dor

Creio que todo amor, pueril e sereno
É o divino afeto, sacrossanto e ameno
Fecundado de Deus, desejo primordial

Emanação divina, sacrossanta, etérea
Que a alma alcança, por esta matéria
Desde o princípio substância imaterial

Um abraço.

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